Perdido na estação,
à espera do comboio também ele perdido,
mergulho nos minutos,
dos minutos de quem mais não faz que os ver passar.
E perdido neste mundo
profundamente incerto,
dou por mim, aqui sentado.
Constantemente sentado e apodrecido
em busca do comboio que nunca vem,
do destino que não chega,
da dor de ser mais além
a visão do meu cego sentimento adormecido.
sábado, junho 21, 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Gosto desta ideia de comboio da vida na linha do tempo...a espera na estação ( até quando? )como ponto de partida para um destino incerto ou impossível. Muito Álvaro de Campos!
Já senti isso migo. De estar parada na estação da vida, sem saber que comboio tomar, vendo os passar e passar sem nunca os conseguir alcançar.
Mas,sabes, uma vez perdido o medo,apanha-se um. Lento, lento, como aqueles comboios turisticos que nos levam só a dar uma voltinha. Depois lá nos aventuramos numa carreira urbana. Depois, na interurbana, interegional, damos conosco sentados no intercidades e, um dia, já andamos de alfa pendular. :)
Enviar um comentário