quinta-feira, agosto 28, 2008

Água

És água que chove
e me foge
das mãos de dedos entrelaçados.
És água que envolve,
que fica,
que deixa segredos,
silêncios,
perdidos no tempo.
És agua ausente,
distante,
ardente,
que queima
e seca as lágrimas.
São lágrimas sedentas,
sussurradas,
latentes,
de alma desafogada
nem afogo permanente.

2 comentários:

Joana disse...

Em relação ao teu comentário no meu cantinho só me ocorre transcrever o Sebastião da Gama:

"O poeta beija tudo, graças a Deus... E aprende com as coisas a sua lição de sinceridade... E diz assim: "É preciso saber olhar..."
E pode ser, em qualquer idade, ingénuo como as crianças, entusiasta como os adolescentes e profundo como os homens feitos...
E levanta uma pedra escura e áspera para mostrar uma flor que está por detrás... E perde tempo (ganha tempo...) a namorar uma ovelha... E comove-se com cousas de nada: um pássaro que canta, uma mulher bonita que passou, uma menina que lhe sorriu, um pai que olhou desvanecido para o filho pequenino, um bocadinho de Sol depois de um dia chuvoso...
E acha que tudo é importante... E pega no braço dos homens que estavam tristes e vai passear com eles para o jardim...
E reparou que os homens estavam tristes...
E escreveu uns versos que começam desta maneira: "O segredo é
amar..."

;)

Obrigada.

Jinhos,

Joana.

Sininho disse...

Faz jogo sujo!
Apodera-te dela.. pelo teu interior!
Bebe-a! ;P

jokitas :P