sábado, abril 15, 2006

Espíritos de vento

Corre mundo fora
leva contigo minha mágoa,
minha dor de não ser mais que isto...
Por perder, por sofrer desta dor de ausência...
Bates nos rostos ausentes,
forças lágrimas nos poentes.
És eterno, belo e efémero.
Percorres o mundo tanslucente
e cortas almas decadentes.
Às vezes quando menos esperamos
vais-te... fica o silêncio.
E nós, na nossa inocência,
esperamos que voltes,
que tornes a contar-nos histórias
e memórias de sítios distantes.
Mas não vens...
Uma estranha calma envolve-nos e sentimo-nos perdidos,
feridos por algo que nos falta!
É assim que somos...
Queixamo-nos
quando tornas a nossa vida turbulenta...
quando sopras de todas as direcções
e varres emoções!
Mas quando te vais e fica o vazio...
somos velas sem pavio!
E não sabemos o que fazer.
É esta a natureza humana. Nunca estar satisfeito!
Não querer o imprevisto mas odiar o perfeito.
Para onde caminhamos?!
Errantes vagabundos vida fora.
Não somos mais que ventos inconstantes,
tormentas surpreendentes que nos fustigam.
Quanto a mim...
basta-me que me batas no rosto
como uma lâmina....
Me roubes uma lágrima tantas vezes contida...
Me contes histórias de tempos idos...
Porque tu percorres o mundo,
invades almas,
vais ao fundo, e, voltas sempre...
como eu...

2 comentários:

Ana disse...

Assim é o Amor na Natureza Humana. Bem, pelo menos assim o interpreto. Cada qual com a sua tal e, como muito bem disseste anteriormente, os poemas passam a ser de quemos lê no momento em que quem lê se sente tocado ou inspirado pelas palavras outrora tuas. :-)

Que tal uma compilaçãozita e uma publicaçãozita, já pensaste nisso? Em deixar que outros se sintam assim tocados? :-)

Anónimo disse...

lindo, lindo,lindo mas donde te vem tanta inspiraçao????? es um autentico poeta.....
fazes me pensar, sonhar, amar...


LMNG