Chuva que choves e envolves.
Cais bruta, brutalmente
E despes a terra como me despes a alma.
Debaixo de ti,
nú,
consumo-me em chamas
e dilacero-me nas feridas que teimam
em não cicatrizar.
Olho-me ao espelho
e não me reconheço.
Quero sarar em minh'alma
todos os dós que fui coleccionando.
Quero deitar
na minha cama
todas as horas que desejei estar contigo.
Quero não querer...
Mas sempre que o quero sei que me vou perder,
e não trouxe o mapa
deste meu sinuoso fado
deste meu fardo
que é viver para esquecer...
terça-feira, março 25, 2008
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4 comentários:
Sabes que em cada poema presenteias quem os lê? São alma de poeta, que nas palavras se encontra e se perde...mas consegue "prender" quem as sabe escutar!
adorei...beijos
Adoro todos os teus poemas, sabes disso ;) uns mais que outros...este...adorei!!! :)
;O)
Viver para esquecer, não. Para lembrar. Para lembrar e para aprender com as lembranças.
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