Meus pés não tocam mais o chão
Meus olhos não vêem a minha direção
Da minha boca saem coisas sem sentido
Você era meu farol e hoje estou perdido
O sofrimento vem à noite sem pudor
Somente o sono ameniza a minha dor
Mas e depois? E quando o dia clarear?
Quero viver do teu sorriso, teu olhar
Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito, é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz, sem ar
Perdi o jogo, e tive que te ver partir
E a minha alma, sem motivo pra existir
Já não suporto esse vazio quero me entregar
Ter você pra nunca mais nos separar
Você é o encaixe perfeito do meu coração
O teu sorriso é chama da minha paixão
Mas é fria a madrugada sem você aqui,
Só com você no pensamento
Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito, é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz
Meu ar, meu chão é você
Mesmo quando fecho os olhos:
Posso te ver
Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz, sem ar
terça-feira, fevereiro 26, 2008
sábado, fevereiro 23, 2008
Às escuras
Escrevo às escuras
com medo do que a luz me traz.
Envolvo-me na escuridão,
assim sou feliz.
Posso ser quem quero,
sentir quem quero,
sonhar distante...
voar para bem longe.
Há na escuridão a beleza a descobrir.
Percorro com a ponta dos dedos
a cama que te espera
e encontro-te de regresso à minha solidão.
Fecho os olhos.
Está escuro.
Encontro-te
e assim quero ficar.
com medo do que a luz me traz.
Envolvo-me na escuridão,
assim sou feliz.
Posso ser quem quero,
sentir quem quero,
sonhar distante...
voar para bem longe.
Há na escuridão a beleza a descobrir.
Percorro com a ponta dos dedos
a cama que te espera
e encontro-te de regresso à minha solidão.
Fecho os olhos.
Está escuro.
Encontro-te
e assim quero ficar.
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
pingas de chuva
Hoje amor,
saí pela tempestade.
Deixei o trono de contos de fadas,
e das almofadas que me punham confortável
e parti.
Fui apanhar gotas de chuva para ti amor.
Olhei o céu
e esquecendo tudo o que sou eu
deixei que essas pingas frias,
molhadas
regadas de verdades
e saudades distantes
me escorressem pelo rosto.
Fechei os olhos e, num misto de lágrimas e chuva,
chorei pelo que nunca tive.
Abri os olhos...
e as nuvens que choravam sobre mim
tinham o teu olhar...
Será que também choras assim?
Será que é por mim?
saí pela tempestade.
Deixei o trono de contos de fadas,
e das almofadas que me punham confortável
e parti.
Fui apanhar gotas de chuva para ti amor.
Olhei o céu
e esquecendo tudo o que sou eu
deixei que essas pingas frias,
molhadas
regadas de verdades
e saudades distantes
me escorressem pelo rosto.
Fechei os olhos e, num misto de lágrimas e chuva,
chorei pelo que nunca tive.
Abri os olhos...
e as nuvens que choravam sobre mim
tinham o teu olhar...
Será que também choras assim?
Será que é por mim?
domingo, fevereiro 17, 2008
domingo, fevereiro 10, 2008
Beijo
Não há desejo que não passe
Não há morte que não chegue.
Não há nada mais em mim que veja em ti.
Perdi a conta às vezes que te disse adeus,
perdi e voltei a perder
tudo o que pedi
tudo o que fiz
para que teus beijos fossem só meus.
Na verdade... nem te consigo já dizer adeus.
Meu coração gelado está de tanto amor perdido.
Minha alma vagueia algures neste vale de sombras
em que não me encontro
porque também não me procuro.
Não, este não é apenas mais um adeus,
é uma morte... uma lenta morte
que se veio a apoderar aos poucos de mim
e da qual não posso nem quero fugir.
Mas,
antes de partir,
quero deixar-te algo,
que, como tantas outras coisas, não vais ler,
e mesmo se o lesses não compreenderias.
Porque mesmo sendo eu um livro aberto
para ti
nunca me soubeste ler. Também nem tentaste...
O que te quero deixar é um beijo...
Estranho... podes pensar,
mas este beijo que te deixo
nada tem a ver com os que sonhei e realizei outrora contigo.
É um beijo frio
morto
sem sentimento
sem alma
sem chama.
Um beijo de quem um dia amou o verão
e agora se perdeu no inverno.
Um beijo gelado em forma de neve
como a que cai em meu coração!
Não há morte que não chegue.
Não há nada mais em mim que veja em ti.
Perdi a conta às vezes que te disse adeus,
perdi e voltei a perder
tudo o que pedi
tudo o que fiz
para que teus beijos fossem só meus.
Na verdade... nem te consigo já dizer adeus.
Meu coração gelado está de tanto amor perdido.
Minha alma vagueia algures neste vale de sombras
em que não me encontro
porque também não me procuro.
Não, este não é apenas mais um adeus,
é uma morte... uma lenta morte
que se veio a apoderar aos poucos de mim
e da qual não posso nem quero fugir.
Mas,
antes de partir,
quero deixar-te algo,
que, como tantas outras coisas, não vais ler,
e mesmo se o lesses não compreenderias.
Porque mesmo sendo eu um livro aberto
para ti
nunca me soubeste ler. Também nem tentaste...
O que te quero deixar é um beijo...
Estranho... podes pensar,
mas este beijo que te deixo
nada tem a ver com os que sonhei e realizei outrora contigo.
É um beijo frio
morto
sem sentimento
sem alma
sem chama.
Um beijo de quem um dia amou o verão
e agora se perdeu no inverno.
Um beijo gelado em forma de neve
como a que cai em meu coração!
sexta-feira, fevereiro 08, 2008
Para que tú me oigas
Para que tú me oigas,
mis palabras
se adelgazan a veces
como las huellas de las gaviotas en las playas.
Collar, cascabel ebrio
para tus manos suaves como las uvas.
Y las miro lejanas mis palabras.
Más que mías son tuyas.
Van trepando en mi viejo dolor como las yedras.
Ellas trepan así por las paredes húmedas.
Eres tú la culpable de este juego sangriento.
Ellas están huyendo de mi guarida oscura.
Todo lo llenas tú, todo lo llenas.
Antes que tú poblaron la soledad que ocupas,
y están acostumbradas más que tú a mi tristeza.
Ahora quiero que digan lo que quiero decirte
para que tú me oigas como, quiero que me oigas.
El viento de la angustia aún las suele arrastrar.
Huracanes de sueños aún a veces las tumban.
Escuchas otras voces en mi voz dolorida.
Llanto de viejas bocas, sangre de viejos súplicas.
Ámame, compañera. No me abandones. Sígueme.
Sígueme, compañera, en esa ola de angustia.
Pero se van tiñendo con tu amor mis palabras.
Todo lo ocupas tú, todo lo ocupas.
Voy haciendo de todas un collar infinito
para tus blancas manos, suaves como las uvas.
Pablo Neruda
mis palabras
se adelgazan a veces
como las huellas de las gaviotas en las playas.
Collar, cascabel ebrio
para tus manos suaves como las uvas.
Y las miro lejanas mis palabras.
Más que mías son tuyas.
Van trepando en mi viejo dolor como las yedras.
Ellas trepan así por las paredes húmedas.
Eres tú la culpable de este juego sangriento.
Ellas están huyendo de mi guarida oscura.
Todo lo llenas tú, todo lo llenas.
Antes que tú poblaron la soledad que ocupas,
y están acostumbradas más que tú a mi tristeza.
Ahora quiero que digan lo que quiero decirte
para que tú me oigas como, quiero que me oigas.
El viento de la angustia aún las suele arrastrar.
Huracanes de sueños aún a veces las tumban.
Escuchas otras voces en mi voz dolorida.
Llanto de viejas bocas, sangre de viejos súplicas.
Ámame, compañera. No me abandones. Sígueme.
Sígueme, compañera, en esa ola de angustia.
Pero se van tiñendo con tu amor mis palabras.
Todo lo ocupas tú, todo lo ocupas.
Voy haciendo de todas un collar infinito
para tus blancas manos, suaves como las uvas.
Pablo Neruda
quarta-feira, fevereiro 06, 2008
True, very very true
"Some pain is still too deep to be seen by human eyes. But in time, has we replant ourselves, we will be thankfull because like the roots of a tree is what lies beneath that allows us to grow... together... or apart!"
segunda-feira, fevereiro 04, 2008
Dedicatória
Dedicado a Sónia
Delicada como a chuva
que cai de mansinho
Delicada como a lua
que mostra caminhos
Delicada como as pétalas
de uma rosa sem espinhos.
Encontrei o teu sorriso quente
numa tarde fria.
Agarrei-te a mão... gostava de percorrer esta estrada contigo.
Sei que a teu lado, o caminho será mais fácil.
Que terás sempre esse sorriso em resposta
às minhas lágrimas.
Da minha parte sempre aqui estarei
para te dar a mão...
Sempre estarei para afastar as nuvens negras
as noites inquietas
e os dias cinzentos.
Estarei na soma dos momentos
das nossas vidas incertas.
Gosto do que a vida me traz, assim,
sem eu estar a espera...
uma irmã que levou o Inverno e me deixou a Primavera.
domingo, fevereiro 03, 2008
o fim...
Sinto cada vez mais, como uma presença que anda sempre comigo, o fim...
não sei do que ou de quem...
mas sinto que em breve tomará conta de mim.
não sei do que ou de quem...
mas sinto que em breve tomará conta de mim.
sexta-feira, fevereiro 01, 2008
Se fosses Janeiro
Se fosses Janeiro
abrigar-me-ia em ti
Se fosses Fevereiro
esperaria em teu abraço
Se fosses Março
aquecer-me-ia em teu sol e esperaria por mais
Se fosses Maio
seria prado de flores só para te ver sorrir
Se fosses Junho
queimar-me-ia em teu sol
Se fosses Julho
deitar-nos-iamos numa sombra de amor
Se fosses Agosto
amar-te-ia por me afagares o rosto
Se fosses Setembro
partiríamos sem rumo
Se fosses Outubro
correrias como chuva dos meus olhos
Se fosses Novembro
seriamos lareira de braços
Se fosses Dezembro
recomeçarias com um olhar tudo o que sinto
o porque?
já não me lembro...
sinto...
apenas sinto
abrigar-me-ia em ti
Se fosses Fevereiro
esperaria em teu abraço
Se fosses Março
aquecer-me-ia em teu sol e esperaria por mais
Se fosses Maio
seria prado de flores só para te ver sorrir
Se fosses Junho
queimar-me-ia em teu sol
Se fosses Julho
deitar-nos-iamos numa sombra de amor
Se fosses Agosto
amar-te-ia por me afagares o rosto
Se fosses Setembro
partiríamos sem rumo
Se fosses Outubro
correrias como chuva dos meus olhos
Se fosses Novembro
seriamos lareira de braços
Se fosses Dezembro
recomeçarias com um olhar tudo o que sinto
o porque?
já não me lembro...
sinto...
apenas sinto
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