terça-feira, fevereiro 26, 2008

Impressionante

Meus pés não tocam mais o chão
Meus olhos não vêem a minha direção
Da minha boca saem coisas sem sentido
Você era meu farol e hoje estou perdido

O sofrimento vem à noite sem pudor
Somente o sono ameniza a minha dor
Mas e depois? E quando o dia clarear?
Quero viver do teu sorriso, teu olhar

Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito, é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz, sem ar

Perdi o jogo, e tive que te ver partir
E a minha alma, sem motivo pra existir
Já não suporto esse vazio quero me entregar
Ter você pra nunca mais nos separar
Você é o encaixe perfeito do meu coração
O teu sorriso é chama da minha paixão
Mas é fria a madrugada sem você aqui,
Só com você no pensamento

Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito, é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz

Meu ar, meu chão é você
Mesmo quando fecho os olhos:
Posso te ver

Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz, sem ar

2 comentários:

Sininho disse...

A tua Alma transformada em melodia!
Até arrepia!

Um beijo, lutador

msg disse...

Em atenção à coincidência "algures neste vale",aí vai um soneto de Florbela,ao acaso.

MÃEZINHA

Andam em mim fantasmas,sombras,ais...
Coisas que eu sinto em mim,que eu sinto agora;
Névoas de dantes,dum longínquo outrora;
Castelos d'oiro em mundos irreais...

Gotas de água tombando...Roseirais
A desfolhar-se em mim como quem chora...
-E um ano vale um dia ou uma hora,
Se tu me vais fugindo mais e mais!...

Ó meu amor,meu seio é como um berço!
Ondula brandamente...brandamente...
Num ritmo escultural d'onda ou de verso!

No mundo quem te vê?! Ele é enorme!...
Amor,sou tua mãe! Vá...docemente
Poisa a cabeça ...fecha os olhos...dorme...


Andei por aí,pelo Redondo,pela estrada para Vila Viçosa,pela estrada para Reguengos,por essas herdades,palmilhando-as e esburacando-as,à procura,talvez de oiro,talvez de nada,nos idos de 1955. Que horror,os anos que já lá vão.

Muita saúde e muitos versos.