Adoro as paredes de pedra,
mas também as pedras que se encaixam na taipa e desafiam o tempo.
Adoro a chuva que escorre por elas,
e o rasto que lhes deixa.
Adoro as covas que lhes faz.
São como rostos de vida.
A chuva são as lágrimas que como em nós cavam rugas.
E as rugas, como os rasgos de chuva nas pedras
tornam-nos mais bonitos, mais humanos, mais reais.
Queria tanto, bem no fundo, ser como elas.
Resistir a chuvas e ventos, a dores, e tremores de terra,
queria ser xisto, mármore, granito,
e não apenas esta areia que se deixa levar...
pelo mar!
E não ser mais do que uma pedra que já foi.
sexta-feira, novembro 23, 2007
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3 comentários:
os grãos de areia podem colar-se, juntar-se, e formar uma grande pedra sedimentar.
Mas a cola, só tu a tens.
E eu queria ser feita de paredes de vento...transparente como sou, em várias direcções ser soprado e no funfo...quando não há, não se vê e não se sente, está parado!
a grama do vizinho sempre é mais verde.
será mesmo?
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