quarta-feira, maio 13, 2009
424 - Hasta siempre...
Há em mim um cansaço enorme. Cansaço pelas expiações, cansaço pelos mal entendidos, cansaço pelo diz que disse. É a terceira vez que ameaço mas desta é de vez. Se for esta a única forma de dizer basta, então será este o caminho que vou tomar. Foram 424 posts ao longo de quase 4 anos, é muito... e muita água correu...
Não é a forma nem o motivo pelos quais esperava terminar mas o que tem que ser tem muita força.
Fica activo para quem quiser ler e recordar os passos de um intervalo de uma vida que se quer mais livre, mais despida.
Hoje ganha o medo e a insegurança, hoje calo-me, pelo menos aqui...
Hasta siempre....
Afinal, os sobreiros morrem sós....
O tuga é corajoso!
Não era nada que eu não soubesse já, mas vou partilhar convosco o porquê de achar o tuga uma criatura mesmo corajosa. Ora digam-me lá se não é por pura coragem que alguém resolve fazer inversão de marcha a seguir a uma curva, pisando traço contínuo duplo, quando tem uma rotunda a 100 metros?
É não é???
Ah ganda Tuga!!!!
É não é???
Ah ganda Tuga!!!!
terça-feira, maio 12, 2009
De ti....
Nas ondas que vagueiam,
nas noites que serpenteiam
e nas mortes anunciadas
das histórias passadas,
encontro o ar que te levo,
que breve se torna,
na árvore mais alta
da floresta profunda,
onde te encerras, sussurras e esperas,
pelo vento que cavalgue,
por noites de lágrimas,
pelos orvalhos de madrugada
e te encontre enfim,
te pegue, te leve,
te carregue nos ombros,
te apague de ti.
nas noites que serpenteiam
e nas mortes anunciadas
das histórias passadas,
encontro o ar que te levo,
que breve se torna,
na árvore mais alta
da floresta profunda,
onde te encerras, sussurras e esperas,
pelo vento que cavalgue,
por noites de lágrimas,
pelos orvalhos de madrugada
e te encontre enfim,
te pegue, te leve,
te carregue nos ombros,
te apague de ti.
Olhar o céu
Pergunto-me, de olhos postos no céu, deitado num terraço improvisado, se nesse preciso momento olhas as mesmas estrelas que eu. Seria fácil sabê-lo, pegando no telemóvel e enviando-te uma mensagem, ou fazendo um telefonema, só para ouvir a tua voz, da qual sinto uma saudade inexplicável.
Não o faço. Em vez disso, transporto-me até ti. Substituo o cimento pela relva de um outeiro, o som dos carros na estrada pelo regougar das raposas e pelo bater das ondas lá em baixo, no fundo da escarpa onde nos sentamos de olhar perdido. Troco a sensação de vazio pela minha mão entrelaçada na tua. Inspiro fundo e perco-me nessa viagem que queria fazer até ti, nesse céu que queria partilhar a teu lado, nessa lua nascida a leste e que nos prende os sentimentos por instantes para regressarem depois em forma de beijos, abraços e carinho pela noite dentro.
Vejo-me em ti e não quero mais partir. Vejo-te em mim e não sei como te explicar que a minha alma te conhece e já olhava as estrelas muito antes de eu as descobrir e saber que existem apenas para sabermos o quão pequenos somos perante o universo.
Não sei usar mais palavras, mas sei que te sinto a cada hora que passa no meu dia, nos nossos dias distantes.
Neste cimento frio, sob estas estrelas que esperam a lua para se esconderem envergonhadas, viajo até ti e deixo-me ficar nesse paraíso que dizem salvar almas que antes se encontravam perdidas.
Não o faço. Em vez disso, transporto-me até ti. Substituo o cimento pela relva de um outeiro, o som dos carros na estrada pelo regougar das raposas e pelo bater das ondas lá em baixo, no fundo da escarpa onde nos sentamos de olhar perdido. Troco a sensação de vazio pela minha mão entrelaçada na tua. Inspiro fundo e perco-me nessa viagem que queria fazer até ti, nesse céu que queria partilhar a teu lado, nessa lua nascida a leste e que nos prende os sentimentos por instantes para regressarem depois em forma de beijos, abraços e carinho pela noite dentro.
Vejo-me em ti e não quero mais partir. Vejo-te em mim e não sei como te explicar que a minha alma te conhece e já olhava as estrelas muito antes de eu as descobrir e saber que existem apenas para sabermos o quão pequenos somos perante o universo.
Não sei usar mais palavras, mas sei que te sinto a cada hora que passa no meu dia, nos nossos dias distantes.
Neste cimento frio, sob estas estrelas que esperam a lua para se esconderem envergonhadas, viajo até ti e deixo-me ficar nesse paraíso que dizem salvar almas que antes se encontravam perdidas.
segunda-feira, maio 11, 2009
Devaneio
Eu sei que não é habitual, mas habituem-se, aqui o moondreamer também tem rasgos de pessoa normal e gosta muuuuuuuuuuuuuuuuito desta música, vamos dançar???
sexta-feira, maio 08, 2009
Pormenores two
- Escolher só faz sentido quando sabemos o que estamos realmente a escolher.
- Nunca se sabe realmente.
- Então, o que nos garante...
- Nada te garante nada. O sentimentos não se garantem, não se prevêem no tempo nem no espaço.
- Ou seja, o que sentes por mim agora, pode acabar de um momento para o outro?
- Não estás a entender, eu amo-te, adoro-te, és tudo para mim neste momento presente, e este sentimento, de tão forte que é, não se desvanece a não ser que...
- A não ser que....
- Que não seja retribuído, estimado, acarinhado. O amor é como uma planta frágil, eu diria mesmo um bonsai. Tem que ser cuidado todos os dias. Pode ter um aspecto forte, mas ao mínimo descuido pode começar a definhar.
- Não sei se entendo a tua analogia.
- Amor, o que quero dizer é que amar não é algo que se deva ter como garantido.
- Eu sei, o grande truque de amar para sempre está na forma como nos reinventamos todos os dias.
- Isso mesmo.
- Já passámos por tanto amor, tanta dificuldade, tanto contratempo, tanta adversidade. E o nosso amor tem vindo sempre a crescer. É exponencial...
- Por isso te digo, pode acabar, claro que um amor pode acabar, mas depende de nós. Tudo na vida fosse assim.
- Tudo estivesse assim nas nossas mãos... é mesmo...
(continua)
- Nunca se sabe realmente.
- Então, o que nos garante...
- Nada te garante nada. O sentimentos não se garantem, não se prevêem no tempo nem no espaço.
- Ou seja, o que sentes por mim agora, pode acabar de um momento para o outro?
- Não estás a entender, eu amo-te, adoro-te, és tudo para mim neste momento presente, e este sentimento, de tão forte que é, não se desvanece a não ser que...
- A não ser que....
- Que não seja retribuído, estimado, acarinhado. O amor é como uma planta frágil, eu diria mesmo um bonsai. Tem que ser cuidado todos os dias. Pode ter um aspecto forte, mas ao mínimo descuido pode começar a definhar.
- Não sei se entendo a tua analogia.
- Amor, o que quero dizer é que amar não é algo que se deva ter como garantido.
- Eu sei, o grande truque de amar para sempre está na forma como nos reinventamos todos os dias.
- Isso mesmo.
- Já passámos por tanto amor, tanta dificuldade, tanto contratempo, tanta adversidade. E o nosso amor tem vindo sempre a crescer. É exponencial...
- Por isso te digo, pode acabar, claro que um amor pode acabar, mas depende de nós. Tudo na vida fosse assim.
- Tudo estivesse assim nas nossas mãos... é mesmo...
(continua)
quinta-feira, maio 07, 2009
quarta-feira, maio 06, 2009
Pormenores one
- A saudade devora, como diz a música.
- Essa música é um bocado pimba não achas?
- Os sentimentos, por vezes, parecem pimbas, ou pelo menos a forma de os expressar, não deixando de ser menos importantes por isso.
- Talvez tenhas razão...
- Amor é sempre amor, seja onde for.
- Rimaste...
- Pois foi. Mas eu sei que sou amada.
- Como sabes?
- Pelo teu sorriso sempre que chego perto de ti e pelo que ele me faz sentir.
- O que te faz sentir?
- Que sou a mulher com mais sorte do mundo, em seis biliões de pessoas encontrei-te...
- Fizeste-me lembrar a música da Katie Melua, Nine million bicycles.
- That's a fact...
- Like the fact that will love till I die.
- Sabes, às vezes penso que vivemos num sonho, do qual não quero acordar nunca.
- Amor, este sonho fomos nós que o construimos. Vive em nós e viverá enquanto nos quisermos.
- Eu sei, sei bem que o querer é a força de tudo, mas...
- Mas?
- Tenho tanto medo de te perder, e tanto medo de te ter.
- Eu sei amor, eu sei... também o sinto.
(continua)
- Essa música é um bocado pimba não achas?
- Os sentimentos, por vezes, parecem pimbas, ou pelo menos a forma de os expressar, não deixando de ser menos importantes por isso.
- Talvez tenhas razão...
- Amor é sempre amor, seja onde for.
- Rimaste...
- Pois foi. Mas eu sei que sou amada.
- Como sabes?
- Pelo teu sorriso sempre que chego perto de ti e pelo que ele me faz sentir.
- O que te faz sentir?
- Que sou a mulher com mais sorte do mundo, em seis biliões de pessoas encontrei-te...
- Fizeste-me lembrar a música da Katie Melua, Nine million bicycles.
- That's a fact...
- Like the fact that will love till I die.
- Sabes, às vezes penso que vivemos num sonho, do qual não quero acordar nunca.
- Amor, este sonho fomos nós que o construimos. Vive em nós e viverá enquanto nos quisermos.
- Eu sei, sei bem que o querer é a força de tudo, mas...
- Mas?
- Tenho tanto medo de te perder, e tanto medo de te ter.
- Eu sei amor, eu sei... também o sinto.
(continua)
terça-feira, maio 05, 2009
CALLING YOU (BAGDAD CAFE)
Para quem não conhece a partilha, para quem já conhecia a recordação.
Esta música acalma-me a alma após a noite agitada.
I am calling you
Can't you hear me
I am calling you
A hot dry wind blows right through me
The baby's crying and I can't sleep
But we both know a change is coming
coming closer, sweet release
I am calling you.....
segunda-feira, maio 04, 2009
Menina
Menina bonita
dos olhos de vidro,
dos sonhos perdidos,
da ilha que longe
se planta em verde esmeralda.
Menina
dos olhos de fada,
dos sorrisos esquecidos
e da mágoa escondida.
Menina,
que procuras na ternura do momento?
Na ausência, no sofrimento?
Que procuras encontrar,
se o que tens já é tudo,
um abraço tão longo
que abarca todo o mundo...
dos olhos de vidro,
dos sonhos perdidos,
da ilha que longe
se planta em verde esmeralda.
Menina
dos olhos de fada,
dos sorrisos esquecidos
e da mágoa escondida.
Menina,
que procuras na ternura do momento?
Na ausência, no sofrimento?
Que procuras encontrar,
se o que tens já é tudo,
um abraço tão longo
que abarca todo o mundo...
Adeus Vasco
De seu nome completo Vasco de Oliveira Granja, nasceu a 10 de Julho de 1925, no bairro de Campo de Ourique, em Lisboa em Portugal, vindo a falecer em Cascais, na madrugada do dia 4 de Maio de 2009. Estudou na escola 12 do Bairro Alto, em Lisboa, e na Escola Industrial Machado de Castro, a qual abandonou após uma reprovação na disciplina de álgebra, no quarto ano.
Aos 15 anos de idade, encontrou o seu primeiro emprego, nos Armazéns do Chiado. Era responsável pelas amostras de seda que eram oferecidas às clientes. Algum tempo mais tarde, foi transferido para o departamento de publicidade, quando notaram que tinha um grande gosto pela leitura. Pintava cartazes com anúncios para as montras.
Como o ordenado não era suficiente, mudou de emprego, tendo ido trabalhar para a Foto Áurea, na Rua do Ouro, em Lisboa, estabelecimento esse que hoje já não existe. Nessa altura, visitava com frequência a Biblioteca Nacional, que estava aberta aos jovens. Interessava-se já por museus, pintura e pelo desporto, tendo sido sócio do Benfica durante algum tempo.
Durante a sua infância, apaixonou-se pelo cinema. Como na altura não existia classificação etária nos cinemas, percorreu todos os que existiam em Lisboa.
Casou-se com Maria Inácia, uma jovem de família oriunda do Ribatejo, que conheceu num baile em Lisboa. Tiveram uma filha e duas netas.
No decorrer dos anos 50, durante o regime fascista em Portugal, associou-se ao movimento cineclubista. Em Lisboa, participava no aluguer de salas e na projecção de filmes obtidos através das embaixadas, em formato de 16 milímetros. Os filmes tinham sempre que passar pela censura. Apesar disso, conseguiam mostrar filmes do neo-realismo italiano. Em 1952, foi detido pela PIDE, em consequência do dinheiro dos bilhetes para os filmes se destinar a financiar o movimento de resistência ao regime do Estado Novo. Esteve preso durante seis meses, na prisão do Aljube.
Em 1960, esteve presente no festival de animação de Annecy, em França, a representar Portugal. Durante essa viagem, a primeira fora do seu país, ganhou uma nova paixão pela animação. O cineasta canadiano de animação Norman McLaren tornou-se o seu maior ídolo. Viria a conhecê-lo pessoalmente.
Vasco Granja esteve ligado ao PCP e participou na festa do jornal do partido, a festa do Avante
Durante os anos 60, foi novamente detido pela PIDE, devido à sua ligação na altura ao Partido Comunista Português, mais concretamente à célula comunista dos cineclubes. Esteve preso durante 16 meses, tendo cumprido parte desse tempo em Peniche. Na prisão, foi submetido a várias torturas físicas e psicológicas, como a tortura do sono.
Em 1974, deu início a um novo programa de televisão, denominado "Cinema de Animação", na RTP, que viria a durar 16 anos, com mais de mil programas transmitidos. Nesses programas, dava a conhecer a animação de todo o mundo, desde aquela que era realizada nos países do leste da Europa, até à proveniente da América do Norte. Pretendia, com o seu programa, divulgar, para além da própria animação, uma mensagem de paz, que considerava estar presente em muitos dos filmes da Europa de Leste que transmitia.
Ainda em 1974, foi membro do júri do Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême.
Em 1975, criou um curso de cinema de animação, a partir do qual viria a nascer a Associação Portuguesa de Cinema de Animação.
Em 1980, foi membro do júri da quarta edição do Animafest, o Festival Mundial de Animação de Zagreb, realizado na então Jugoslávia. Participara já como observador neste festival na edição de 1974, logo após o 25 de Abril.
Permaneceu na RTP até 1990.
Não podia deixar passar este dia em claro. Adeus Vasco, companheiro Vasco, de tantas tardes, de tantas descobertas. Foste a minha, a nossa companhia, a nossa descoberta do mundo da magia, do mundo onde tudo era possível. Mostraste-nos que os nossos desenhos, os sonhos que desenhávamos podiam ter vida.
Até sempre Vasco.
Aos 15 anos de idade, encontrou o seu primeiro emprego, nos Armazéns do Chiado. Era responsável pelas amostras de seda que eram oferecidas às clientes. Algum tempo mais tarde, foi transferido para o departamento de publicidade, quando notaram que tinha um grande gosto pela leitura. Pintava cartazes com anúncios para as montras.
Como o ordenado não era suficiente, mudou de emprego, tendo ido trabalhar para a Foto Áurea, na Rua do Ouro, em Lisboa, estabelecimento esse que hoje já não existe. Nessa altura, visitava com frequência a Biblioteca Nacional, que estava aberta aos jovens. Interessava-se já por museus, pintura e pelo desporto, tendo sido sócio do Benfica durante algum tempo.
Durante a sua infância, apaixonou-se pelo cinema. Como na altura não existia classificação etária nos cinemas, percorreu todos os que existiam em Lisboa.
Casou-se com Maria Inácia, uma jovem de família oriunda do Ribatejo, que conheceu num baile em Lisboa. Tiveram uma filha e duas netas.
No decorrer dos anos 50, durante o regime fascista em Portugal, associou-se ao movimento cineclubista. Em Lisboa, participava no aluguer de salas e na projecção de filmes obtidos através das embaixadas, em formato de 16 milímetros. Os filmes tinham sempre que passar pela censura. Apesar disso, conseguiam mostrar filmes do neo-realismo italiano. Em 1952, foi detido pela PIDE, em consequência do dinheiro dos bilhetes para os filmes se destinar a financiar o movimento de resistência ao regime do Estado Novo. Esteve preso durante seis meses, na prisão do Aljube.
Em 1960, esteve presente no festival de animação de Annecy, em França, a representar Portugal. Durante essa viagem, a primeira fora do seu país, ganhou uma nova paixão pela animação. O cineasta canadiano de animação Norman McLaren tornou-se o seu maior ídolo. Viria a conhecê-lo pessoalmente.
Vasco Granja esteve ligado ao PCP e participou na festa do jornal do partido, a festa do Avante
Durante os anos 60, foi novamente detido pela PIDE, devido à sua ligação na altura ao Partido Comunista Português, mais concretamente à célula comunista dos cineclubes. Esteve preso durante 16 meses, tendo cumprido parte desse tempo em Peniche. Na prisão, foi submetido a várias torturas físicas e psicológicas, como a tortura do sono.
Em 1974, deu início a um novo programa de televisão, denominado "Cinema de Animação", na RTP, que viria a durar 16 anos, com mais de mil programas transmitidos. Nesses programas, dava a conhecer a animação de todo o mundo, desde aquela que era realizada nos países do leste da Europa, até à proveniente da América do Norte. Pretendia, com o seu programa, divulgar, para além da própria animação, uma mensagem de paz, que considerava estar presente em muitos dos filmes da Europa de Leste que transmitia.
Ainda em 1974, foi membro do júri do Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême.
Em 1975, criou um curso de cinema de animação, a partir do qual viria a nascer a Associação Portuguesa de Cinema de Animação.
Em 1980, foi membro do júri da quarta edição do Animafest, o Festival Mundial de Animação de Zagreb, realizado na então Jugoslávia. Participara já como observador neste festival na edição de 1974, logo após o 25 de Abril.
Permaneceu na RTP até 1990.
Não podia deixar passar este dia em claro. Adeus Vasco, companheiro Vasco, de tantas tardes, de tantas descobertas. Foste a minha, a nossa companhia, a nossa descoberta do mundo da magia, do mundo onde tudo era possível. Mostraste-nos que os nossos desenhos, os sonhos que desenhávamos podiam ter vida.
Até sempre Vasco.
domingo, maio 03, 2009
O amor
"Amor que não liberte, que nos faça sofrer ou nos impeça de ser o que somos não é verdadeiro Amor. E que esse só pode surgir se nada esperarmos nem nada pedirmos uns aos outros".
Vi esta frase aqui, e deu-me muito, muito que pensar.
Há quem não saiba mesmo o que é amar, e confunda amor com posse.
Amor só se conjuga com o poder, no sentido que quem ama, pode realmente tudo, basta querer...
Vi esta frase aqui, e deu-me muito, muito que pensar.
Há quem não saiba mesmo o que é amar, e confunda amor com posse.
Amor só se conjuga com o poder, no sentido que quem ama, pode realmente tudo, basta querer...
Mãe há só uma
A professora mandou fazer uma composição para o dia seguinte sobre o tema:
'Mãe, há só uma'.
No outro dia a professora mandou o Joãozinho ler a dele;
- Quando eu era mais pequeno, fui passear com a minha mãe e então ela parou
para ver uma montra e eu comecei a atravessar a estrada. Veio um carro e quando
estava quase a ser atropelado, a minha mãe salvou-me. Mãe, há só uma.
- Muito bem Joãozinho. Agora podes ser tu Manuelinho.
- A semana passada fui com os meus pais à praia e fui tomar banho ao mar.
Veio uma onda e arrastou-me. Quando estava quase a ser levado, aparece
a minha mãe e salvou-me.
Mãe, há só uma.
- Muito lindo Manuelinho. Lê agora a tua, Zézinho.
- Ontem ao jantar a minha mãe mandou-me ir ao frigorífico buscar duas cervejas, eu fui lá, abri o frigorífico
e tive que dizer:
'Mãe, há só uma'.
Sei que não é nova, mas neste dia especial, apeteceu-me ser eu próprio, ser como a minha mãe me ensinou a ser. Brincalhão. Levar a vida a sorrir porque, como diz aquele célebre frase, não leves a vida demasiado a sério pois nunca sairás dela vivo.
Um bom dia da mãe mãe.
'Mãe, há só uma'.
No outro dia a professora mandou o Joãozinho ler a dele;
- Quando eu era mais pequeno, fui passear com a minha mãe e então ela parou
para ver uma montra e eu comecei a atravessar a estrada. Veio um carro e quando
estava quase a ser atropelado, a minha mãe salvou-me. Mãe, há só uma.
- Muito bem Joãozinho. Agora podes ser tu Manuelinho.
- A semana passada fui com os meus pais à praia e fui tomar banho ao mar.
Veio uma onda e arrastou-me. Quando estava quase a ser levado, aparece
a minha mãe e salvou-me.
Mãe, há só uma.
- Muito lindo Manuelinho. Lê agora a tua, Zézinho.
- Ontem ao jantar a minha mãe mandou-me ir ao frigorífico buscar duas cervejas, eu fui lá, abri o frigorífico
e tive que dizer:
'Mãe, há só uma'.
Sei que não é nova, mas neste dia especial, apeteceu-me ser eu próprio, ser como a minha mãe me ensinou a ser. Brincalhão. Levar a vida a sorrir porque, como diz aquele célebre frase, não leves a vida demasiado a sério pois nunca sairás dela vivo.
Um bom dia da mãe mãe.
sábado, maio 02, 2009
Diálogo pela manhã
Cedo, bem cedo, com o quarto ainda escuro, a porta abre-se suavemente.
- Papá...
- Hummmm...
- Papá...
- Humm... sim...
- Papá, eu amo-te...
E salta para a minha cama...
- Papá...
- Hummmm...
- Papá...
- Humm... sim...
- Papá, eu amo-te...
E salta para a minha cama...
sexta-feira, maio 01, 2009
1991
O ano era 1991, eu estava sentado à mesa do jantar e a notícia surgiu indiferente a não ser pelo facto de referir a morte de alguém um mês apenas passado sobre a morte do meu avô.
Imediatamente me veio à memória a última viagem que fizera com ele no velho Citroen AX ao som de The show must go on. Tinha 12 anos.
Tenha sido por esse motivo ou por outro qualquer, a verdade é que procurei tudo o que havia para procurar de Queen. Numa altura em que não havia Internet, lembro-me que comprei um VHS do concerto Live at Wembley '86, que mandei vir da revista do Círculo de Leitores.
Desde aí são a minha banda de eleição.
The show must go on lembra-me o meu avô.
Too much love will kill you lembra-me de mim.
E esta que vos deixo, lembra-me tudo o que realmente importa para mim, amar! Amar por amar, seja um amigo, um amante, um objecto ou uma situação, o amor, o amar são-me fundamentais.
Espero que gostem. É, sem dúvida alguma, uma das melhores músicas alguma vez feitas.
Imediatamente me veio à memória a última viagem que fizera com ele no velho Citroen AX ao som de The show must go on. Tinha 12 anos.
Tenha sido por esse motivo ou por outro qualquer, a verdade é que procurei tudo o que havia para procurar de Queen. Numa altura em que não havia Internet, lembro-me que comprei um VHS do concerto Live at Wembley '86, que mandei vir da revista do Círculo de Leitores.
Desde aí são a minha banda de eleição.
The show must go on lembra-me o meu avô.
Too much love will kill you lembra-me de mim.
E esta que vos deixo, lembra-me tudo o que realmente importa para mim, amar! Amar por amar, seja um amigo, um amante, um objecto ou uma situação, o amor, o amar são-me fundamentais.
Espero que gostem. É, sem dúvida alguma, uma das melhores músicas alguma vez feitas.
Dia
Acordei com uma descomunal dor de cabeça. Olho a rua e tudo está calmo. O feriado move-se na ruas tristes que nem o sol consegue alegrar.
O dia vem ter comigo à cama e diz-me para me levantar. Não quero. Não me apetece sair lá para fora.
Sei que, inevitavelmente, terei que lhe dar ouvidos, mas não agora. Agora estou comigo. A falar comigo, a ouvir-me, a pensar-me na totalidade e na multiplicidade que tenho dentro de mim.
A alma fala-me em soluços não sei se de emoção ou choro. Torna-se quase imperceptível ouvi-la, compreendê-la, aceitá-la na sua plenitude de alma que toca todos os cantos, mesmo os mais recônditos do meu ser.
Acaricio-a, ponho-a ao colo, e falo-lhe pausadamente. Faço-a ver que nem tudo na vida pode ser uma alternância entre a excitação e o desespero, que há muitos de pausa, de calma, de angústia controlada e que é nesses momentos que mostramos quem realmente somos, que é nesses momentos em que ela pode ganhar fôlego para voltar a ser ela própria.
Pára de chorar, abraça-me e envolve-se em mim.
Adoro a minha alma.
Levanto-me finalmente da cama, dou a mão ao dia, enfrento a cozinha e preparo um café.
Sento-me na varanda em frente ao mar. Hoje não há croissant. Nem pão de leite. Hoje só há um sorriso eterno porque, ao falar com a minha alma, ao acalmá-la, acalmo-me a mim e começo a ver o nevoeiro a dissipar-se. Por isso, hoje é um dia especial.
Há pouco na cama a tristeza era minha companheira, mas agora estou com a brisa do mar, e esta brisa leva-me onde eu quero estar.
O dia vem ter comigo à cama e diz-me para me levantar. Não quero. Não me apetece sair lá para fora.
Sei que, inevitavelmente, terei que lhe dar ouvidos, mas não agora. Agora estou comigo. A falar comigo, a ouvir-me, a pensar-me na totalidade e na multiplicidade que tenho dentro de mim.
A alma fala-me em soluços não sei se de emoção ou choro. Torna-se quase imperceptível ouvi-la, compreendê-la, aceitá-la na sua plenitude de alma que toca todos os cantos, mesmo os mais recônditos do meu ser.
Acaricio-a, ponho-a ao colo, e falo-lhe pausadamente. Faço-a ver que nem tudo na vida pode ser uma alternância entre a excitação e o desespero, que há muitos de pausa, de calma, de angústia controlada e que é nesses momentos que mostramos quem realmente somos, que é nesses momentos em que ela pode ganhar fôlego para voltar a ser ela própria.
Pára de chorar, abraça-me e envolve-se em mim.
Adoro a minha alma.
Levanto-me finalmente da cama, dou a mão ao dia, enfrento a cozinha e preparo um café.
Sento-me na varanda em frente ao mar. Hoje não há croissant. Nem pão de leite. Hoje só há um sorriso eterno porque, ao falar com a minha alma, ao acalmá-la, acalmo-me a mim e começo a ver o nevoeiro a dissipar-se. Por isso, hoje é um dia especial.
Há pouco na cama a tristeza era minha companheira, mas agora estou com a brisa do mar, e esta brisa leva-me onde eu quero estar.
Subscrever:
Mensagens (Atom)