Começa assim o filme que vi, não sei já há quantos anos, e que mais me marcou até hoje. Acho que me defini amorosamente por ele, e mais tarde pela história da K e do Count Laszlo Almasy.
Sempre tive uma tendência incrível para relações amorosas com propensão para o fatalismo. Acho que só se ama, quando se ama intensamente. E sim, o amor vem no primeiro olhar, no primeiro toque, na primeira palavra, na primeira imagem que se constrói dentro de nós.
Um dia, vou escrever um livro. Uma história de amor, desse amor que falo, o amor paixão, o amor arrebatador. Esse amor, não vem com os anos, aliás, com os anos, muitas vezes, esfuma-se, dando lugar ao amor amizade, amor carinho, amor hábito. É amor na mesma, mas... saudade, saudade, sentimos daquele primeiro, que nos fez ver o céu mais azul e uma oitava cor no arco-íris.
No entanto, ninguém consegue viver assim continuamente, e por isso mesmo, os filmes de que falei, retratam histórias fatais, amores de uma vida, que ficam eternamente vivos na memória até que os dias se esvaiam completamente das vidas de quem pode dizer que viveu!
As pegadas impressas na alma são indestrutíveis, li uma vez, e concordo.
Quando se ama assim, acabamos por ser injustos para quem vem a seguir. Porque sentimos sempre que esse sentimento nunca estará à altura daquele outro. Nunca voltaremos a sentir na pele o arrepio do olhar, a voz embargada por um silêncio, por uma cumplicidade. E sim, aí somos injustos connosco próprios porque não nos damos uma oportunidade.
Mas, já estou a divagar, e, o que quero dizer, é muito simples, amem! Intensamente! Repito-me de quando me intitulava de poeta, mas não me canso, amem! Sem olhar a mais nada. Sejam inconscientes! Dêem-se completamente. Vivam o amor paixão. Os outros amores, têm tempo de chegar. Não partam para a vida a dois sem o sôfrego amor.
Não quero dar lições de moral, mas sinto cada vez mais que as pessoas não se entregam, que se juntam por convenções, tradições ou, a pior de todas para mim, por questões económicas, do tipo, viver a dois permite um maior desafogo que viver sozinho. São tudo razões respeitáveis, no sentido que cada um faz as curvas como quer, mas, pensem daqui a uns anos, quando já tiverem a barriguinha crescida, ou as meninas, um peito mais flácido e as rugas a ameaçarem, acham que vão olhar para trás e sentir-se felizes? Alguns sim, sem dúvida, mas a maioria de nós, o que não daria para poder recordar, e dizer, todas as manhãs ao espelho, "eu já sei o que é o amor, a paixão".
Por isso, lutemos para sermos felizes. Ele chega sempre, se tivermos paciência para esperar por ele. Perseverança para lutar por ele. Desejo que ele venha ter connosco.
Há tantas pessoas lindas no mundo, por dentro e por fora, mas só uma encaixa na perfeição em nós. Eu quero essa perfeição, e vou lutar por ela, e vocês?
domingo, março 22, 2009
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13 comentários:
Não creio que apenas haja uma pessoa no mundo inteiro que se encaixe.
Mas sim concordo com a bela recordacao do primeiro amor paixao, primeira entrega verdadeira.. cumplicidade eterna.. às primeiras, curiosas e inocentes descobertas.. às borboletas no estomago.. ao palpitar do coracao.. até mesmo sinergia de sentimentos.. pensamentos.
Seria tao facil se tudo fosse assim.. seria mais puro e verdadeiro, nao?
Beijo
Sabes uma coisa?
Acho que me encaixo no grupo que criticas...
encaixo-me naqueles que talvez não vivam... não de uma forma tão intensa quer a vida quer o amor...
se vou olhar para trás quando tiver as mamas flácidas e me arrepender? Talvez...
mas por agora....
prefiro não viver tão intensamente mas ter paz de espirito e sentir-me bem... do que viver a vida de uma forma tão intensa que nem consigo viver porque... não me sinto bem, porque alguém me magoa ou apenas porque sim....
Se esta postura é errada?
Talvez seja mas... para mim neste momento é a postura mais correcta para viver...
Bom inicio de semana!
Acho que todos queremos essa perfeição ... por isso a maioria não encontra , é exigente, intolerante , egoista, sonhador...
Se calhar a Sininho tem razão não existe só uma pessoa...existe varias "tampas" para uma "panela" .
Não existe forma de lutar por essa perfeição ...
A "tampa" existe e encaixa ou não, não vale a pena forçar .
No entanto, não desistas ela vai chegar um dia .
Beijos
Quando se vive um amor arrebartador,cego, sem limites vive-se tão intensamente, no limiar da loucura!E vivemos euforicamente, desmesuradamente loucos mas felizes. Eu quando amo, amo de corpo e alma, vivo intensamente cada minuto, como se fosse o último! Como se flutuasse numa nuvem...mas tornamo-nos muito exigentes! Queremos o que damos, em troca. e o outro, que pode não viver o amor da mesma maneira faz-nos sofrer. E deixemos da nuvem. e caem lágrimas de tristeza. O amor arrebatador sendo de extremos, tem repercussões extremas!
Beijoca!
identifiquei-me com cada uma das tuas palavras! adorei mesmo, senti que este texto é sem dúvida um reflexo de uma das minhas convicções!! e sim, sem dúvida alguma que também eu quero e luto por essa perfeição! ;)
Uma óptima semana!
tem um miminho no meu cantinho para ti!
Olha eu não procuro nada...se for perfeito a mim virá ehehehehhe! Sim que ando na fase preguiçosa :)!
Abreijinhossss e boa semana
Lutar cansa. Mesmo quando sabemos e sentimos que aquela é a nossa alma gemea. Lutar cansa!
SININHO:
Eu dizia que encaixar na perfeição. só uma pessoa mesmo....
EUMESMA:
Não era uma crítica, apenas um opinião e um conselho. Antes amar e sofrer, que não amar, é a minha premissa.
BLUEBUTTERFLY:
Minha amiga, existe esperar pela perfeição. E pode haver muitas tampas, mas só uma é daquele tacho, embora muitas o tapem também.
PEPITA:
Não podia concordar mais contigo!!
CHRISTY:
Tou a ver que we think alike, we feel alike.
Obrigado pelo miminho.
AFRODITE:
Lindona, não precisas procurar mais.... ;)
SOVIÉTICA:
Às vezes é preciso ver bem se é mesmo a alma gémea. O cansaço de lutar pode ser um sinal...
Já amei assim. E resolvi fechar a loja. Não quero mais. Paguei um preço alto demais pelo meu amor perfeito.
Como ja beijei muitos sapos, agora eles se quiserem que venham ate mim. Como se costuma dizer, quem quer bolota ...trepa :)
Bj.
Pois...o pior é quando nos entregamos e as coisas não correm bem! Entregamo-nos demais! Tudo bem que aprendemos alguma coisa com isso...mas o que apredemos talvez seja que para a próxima não nos vamos entregar da mesma maneira...(ou nao!) e lá está...quem paga é o próximo :/
Mas...nem sempre isto acontece...entregamo-nos, entregamo-nos...e quem se entrega a nós?! :/
Eu jánão procuro nada...pode ser que me encontrem!
Beijinho grande com saudades*
Sinto-me feliz depois de te ler.
Nunca recordo com nostalgia. As vivências vão-nos dando pistas para nos conhecermos melhor e fortalecem-nos esta vontade de termos direito a ser fiéis aos nossos sentires. As desilusões os desencantos habilitam-nos ao direito da escolha, a dizer não àquilo que não merecemos, que não queremos. Se for defeito, aprendi a viver com ele. Se for virtude talvez um dia alcance o que procuro e não desisto. A idade é bónus que a vida nos dá e não um lamento do que fomos. Gosto cada vez mais de mim e do que é meu e cada vez com mais facilidade ponho de parte o que provou não me interessar. Acredito na perfeição dos sentimentos e é essa a minha meta. Já nem sei se acredito nesse encaixe perfeito, mas é essa a força que me dá vida. Sou assim, fazer o quê?
Se acreditas nunca desistas.
Fez-me bem ler-te! Como sempre.
Um beijo!
SRRAJ
A muitos jardins, com muitos amores perfeitos :)
MIEPEEE
Há um sapo para ti, guardadinho num lago encantado :)
O MEU MUNDO
O continuaremos a entregar-nos, porque é disto que somos feitos, eternos amantes do vento. Bj com saudadinha.
INDIA
Não fazer nada, a não ser, continuar a ser como somos and go with the flow :)
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