quinta-feira, julho 26, 2007

Chagas

Trago em mim 5 chagas como as de Cristo,
não por imodéstia,
ou soberba...
mas por sentir na pele, como na alma,
a cruel vida de areia vadia mundo fora....

Trago a coroa de espinhos como os pensamentos em ti me dilaceram
Sinto o chicotear da alma com os teus frequentes, frequentes, frequent...es desprezos
Tenho minhas mãos pregadas a jorrar sangue, presas por não mais te abaraçarem
e tenho o aguilhão férreo em meus pés de preso que estou para ir a teu encontro...

estou moribundo

a chaga das chagas, a seta que me atravessará o coração, me trespassará a alma.... será a tua eterna ausência...

Escolhi, como Cristo, o sofrimento como vida
Ele por algo maior....
eu, por amor...

4 comentários:

Ana disse...

Amor deveria ser contentamento descontente e dor que desatina sem doer. Amor não é esse sofrimento nem essa tortura. Isso não é amor. É sofrimento mesmo.

Quanto ao poema, amigo, palavras para quê, os teus versos são e serão sempre belos.

Esse sofrimento, ao menos que sirva para tornares profícuos os versos que um dia hás-de ver sob a forma de livro. Tu primeiro, e depois o resto do mundo, amigos incluidos, claro!

Ana disse...

É realmente muito belo. =) Vês como até do sofrimento nasce beleza? Mas que ela sirva para o atenuar e apaziguar.

Anónimo disse...

Não há palavras...
No entanto, sabendo que os teus poemas brotam da tua alma, preferia ler outro tipo de poemas, pois estes espelham muito sofrimento.
Espero que os teus próximos poemas tenham como tema a alegria, a felicidade e também o amor mas sem sofrimento. Será bom sinal...

Ana disse...

Faço minhas as palavras da Ana. =)