sábado, fevereiro 28, 2009
Mamma mia
Estou estupidamente feliz. Vejo alegria em todo o lado.
Quem me vir, perguntará se estou apaixonado, eu responderei com o meu mais enigmático sorriso :)
É tão bom sentir!!! Vá quero toda a gente a sorrir. Aqui pelos Algarves o sol brilha, o tempo está maravilhoso e apetece sair e viver.
What are you waiting for?
A2 direcção sul!!!! :)
Beijos e bom fim de semana.
Just the Way You Are
Don't go changing, to try and please me
You never let me down before
Don't imagine you're too familiar
And I don't see you anymore
I wouldn't leave you in times of trouble
We never could have come this far
I took the good times, I'll take the bad times
I'll take you just the way you are
Don't go trying some new fashion
Don't change the color of your hair
You always have my unspoken passion
Although I might not seem to care
I don't want clever conversation
I never want to work that hard
I just want someone that I can talk to
I want you just the way you are.
I need to know that you will always be
The same old someone that I knew
What will it take till you believe in me
The way that I believe in you.
I said I love you and that's forever
And this I promise from the heart
I could not love you any better
I love you just the way you are.
sexta-feira, fevereiro 27, 2009
Dreaming...
Tu sorrias, e eu, como sempre, não me calava um segundo. A felicidade revelava-se no teu sorridente silêncio e na minha verborreia nervosa.
Eu, encontro refúgio nas palavras quando não sei o que dizer, e tu, com os teus olhos, também eles sorridentes, só me dizias, amo-te. Eu via nesses olhos o amor e falava ainda mais.
Sinto medo do nosso amor, até nos sonhos em que nos libertamos de convenções sociais e merdas do dia a dia que só nos tentam afastar.
No momento em que me calei, beijei-te. Sei que o desejavas tanto quanto eu, e toquei suavemente o teu rosto. Não queria acreditar que estava mesmo a acontecer. Tu, com a tua voz de anjo, doce de quem estava a descobrir finalmente o amor e a paixão, dizias que tinhas medo. A cada vacilar teu, beijava-te com mais certezas e tu deixavas-te ir...
Nos sonhos tudo acontece e o tempo não segue as regras a que estamos habituados. Muitas vezes nem existe, e o flash seguinte que recordo,é que estávamos deitados, nus, irrequietos, e dançávamos entre os lençóis de uma cama desconhecida. As mãos curiosas percorriam os nossos corpos e os dedos entrelaçavam-se na esperança de não se voltarem a separar.
As nossas respirações ofegantes, os nossos corpos colados, transpirados, com sabores de paixão que as nossas línguas provavam, milímetro a milimetro.
O teu gemer de prazer ainda ecoa na memória de um sonho que desejo voltar a ter esta noite. Um sonho que desejo realidade.
Acordei e olhei para o lado, a ver se lá estavas. Passei a mão pelo lençol, e este estava frio. Foi um sonho, pensei. Mas agora, debaixo deste chuveiro de água morna, sinto ainda o calor de te ter amado na madrugada.
Iris - Goo Goo Dolls
Cause I know that you feel me somehow
You're the closest to heaven that I'll ever be
And I don't want to go home right now
And all I can taste is this moment
And all I can breathe is your life
Cause sooner or later it's over
I just don't want to miss you tonight
And I don't want the world to see me
Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am
And you can't fight the tears that ain't coming
Or the moment of truth in your lies
When everything seems like the movies
Yeah you bleed just to know your alive
quarta-feira, fevereiro 25, 2009
Breve
tão breve te vais.
Cedo o sol nascerá
e as horas teimarão em não passar.
Este relógio que trago comigo não me fala.
Não tem horas para mim.
Só demoras.
Deixei de saber contar por ti.
A seguir ao um, vem o um,
e de segundo em segundo, tudo somado,
o resultado é nenhum.
O tempo não passa,
a chuva molha,
o destino não se decide...
terça-feira, fevereiro 24, 2009
Amizade intemporal
Sei que já te conhecia, sei que já lutamos num tempo passado lado a lado. Sei que já fui o teu apoio e tu o meu, sei que já foste minha irmã, sei que o vais voltar a ser.
A paz, o à vontade, o fluir natural de energias, o sinal na maneira de ser de uma criança, reforça aquilo que as letras já nos tinham garantido. Isto não é de hoje, vem de trás, de há muitas vidas atrás.
Os seres de luz atraem-se e por alguma razão, esta vai ser mais uma vida em que vamos estar em contacto. Como falámos, ainda não percebemos o porquê, mas será que realmente interessa? Só sei que estou feliz e que desde que te conheci muito mudou na minha vida, e o teu abraço, a tua amizade são já e serão sempre uma grande força.
A ti, ser de luz, desejo-te aquilo que sei que me desejas, uma eterna felicidade, e sei que contigo como minha "irmã", ela estará sempre mais perto de ambos.
Passeio de bicicleta
E assim foi, uma tarde bem passada, em comunhão com a natureza e em amizade, com a S., a T. e a C.
Tirando os pequenos contratempos, serviu para finalmente recomeçar as minhas saídas de bicicleta, postas em stand by desde o Verão.
E foi assim a minha tarde, divertida, especial, e muito refrescante. Pena a aterragem forçada da C., que resolveu experimentar as maravilhas do mergulho para a terra... mas, muito betadine depois, tudo está ok :)
Há, no entanto aquela permanente vontade de estar contigo... o desejo constante de partilhar estes momentos contigo. Um dia talvez...
segunda-feira, fevereiro 23, 2009
Quero apenas cinco coisas
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que me continues a olhar."
Pablo Neruda
Queres?
Sorrir a dois e matar o desejo?
Queres lamber as feridas, profundas, antigas,
e abraçar-me a alma, que de te ter se acalma?
Queres esquecer o presente?
Queres ver o porquê, de tanta saudade?
Queres que te diga ao ouvido,
que meus dedos despidos,
só encontram verdade quando, entrelaçados no teu cabelo,
te puxam para mim
e te beijo assim apaixonado.
Queres que te abrace e te faça lembrar,
que os dias não têm que ser
a prisão em que amordaçada prescindes de viver?
Queres ser minha?
Eu serei teu, como já o sou em sonhos,
em dias compridos,
semanas esquecidas,
em que vagueio.
Amante irresponsável do sentir,
sou a dança que te espera!
Quero-te hoje, aqui,
na verdade que se desprende das horas,
no beijo que tanto demora,
e se forma em meus lábios,
sempre que bebo um pouco mais de ti.
num futuro incerto,
num poema deserto,
tão longe e tão perto,
consigo tocar-te?
sábado, fevereiro 21, 2009
Princesa
teus lábios cereja,
olhos amêndoa,
desejo contido, num olhar que troveja.
Cabelo de mar,
toque de areia,
o meu corpo despido,
que em ti se semeia.
Princesa, teus braços,
teus seios, teu rosto,
tua língua suave,
meu vinho encorpado,
delícia, meu mosto.
Pele de neve,
branca imaculada,
tortura sangrenta,
consome, atormenta,
loucura que se quer consumada.
Princesa teu beijo,
em noites de prazer,
nos meus sonhos te toco,
me encontro,
sou louco,
e me dizes ao ouvido,
faz-me mulher.
A voz
doce, quente, amante, carente.
A voz
sentida, ouvida, de noites despida
A voz
que embala, assusta, acalma.
A voz
que hoje quero,
sede insaciável, desespero.
A voz
que é tua,
no sorriso meu,
espelhos de mar,
reflexos de céu.
quinta-feira, fevereiro 19, 2009
Confusão Mental
São vias rápidas sem paragens ou zonas de descanso.
Os sorrisos que cativas têm certezas,
mas ainda vivem sós nestes lábios.
Andam à procura dos teus.
Mapa desordenado, de estradas, caminhos e buracos,
semáforos intermitentes que não me querem deixar sentir.
Confortável esta paragem de autocarro em que espero por ti.
quarta-feira, fevereiro 18, 2009
terça-feira, fevereiro 17, 2009
Brown Sugar
Frequentemente nos limitamos na vida que levamos. Por medo, incerteza, ou insegurança, deixamos os dias correrem, e estes transformam-se em semanas, meses, anos, e quando queremos dar o grito estamos demasiado enredados na teia que deixámos e ajudámos a tecer à nossa volta, tudo se complica.
A maioria das vezes, há terceiros envolvidos, o que ainda dificulta mais, e a nossa reacção é, compreensivelmente, não a ter.
Também eu já vivi assim. O que fiz? Nada, deixei andar. Engoli lágrimas, recalquei sentimentos, forcei situações e momentos especiais. A frustração toma conta de nós quando tentamos sentir o que não sentimos. E a frustração é o pior que podemos sentir por nós próprios.
A situação acabou por se resolver por si, mas sem que para tal eu tenha contribuído, a não ser com a tristeza constante que os meus olhos sempre se negam a esconder, quando a alma a sente.
Por isso, deixo-vos um conselho, que até para mim é, muitas vezes, difícil de seguir, quando não estão felizes, lutem, e voltem a lutar, mas se a felicidade parece estar noutro local, acompanhado ou sozinho, tomem decisões!
Não esperem que a vida as tome por vocês.
Os caminhos nunca são fáceis. E mesmo aquele que parece mais feliz, pode demorar a chegar, mas se ao menos tentarmos, se dermos ao universo a oportunidade de conspirar um pouco por nós, tudo se torna mais fácil, tudo tem mais sabor, tudo se torna um novo horizonte. E mais, encontramos sempre, mais cedo ou mais tarde, quem nos dê a mão, o ombro e o sorriso para nos ajudar a trilhar esse caminho.
Ousem, sonhem, vivam! Com respeito por todos, mas principalmente com respeito por vós próprios, pelos vossos sentimentos, que são sempre o mais puro destino que podemos seguir.
Quando sentimos que sentimos, não o seguir será sempre a nossa maior traição.
Eu vou ousar, sonhar, viver, e para viver é preciso sentir.
Living on my own
segunda-feira, fevereiro 16, 2009
Por volta da uma e meia...
Há uma e meia, um relógio sorri, o sol fica mais quente, o céu mais azul,
e as gaivotas em bandos
confundem norte com sul.
Por volta da hora
dos beijos, carícias,
amores trocados sem medos sem fados
pela tarde fora.
Corações despidos,
desejos à solta,
nas tardes que entardecem,
nas mãos que se tocam e em teias se tecem,
na volta das voltas,
na noite que cai,
na tua partida
em abraço te digo
quem sente, nunca vai...
domingo, fevereiro 15, 2009
Whispering in your ear...
Under the skies above
Sweeping shadows
Pushing away all sorrow
In a wild wild fantasy
River crossing
On the most foolish way to be
Peacefully i surrender
On our way to the afternoon
Regarding the sun, wishing for the moon
Twist of fate, a smile out of the blue
In this cold life, i wish, i wait for you...
sábado, fevereiro 14, 2009
Os verdadeiros namorados
"Sozinhos, com alguns momentos de fraqueza, mas sempre a viver na esperança. Nós somos os verdadeiros namorados, os que não desistem da busca pela felicidade e acreditam no matter what no amor. Um beijo"
Por mais partilhado que o amor tenha que ser, para o ser realmente, nós, os que não têm com quem o partilhar, também o sentimos.
O sol quando se espelha no mar pela manhã é para todos.
Eu acredito.
Tu acreditas.
Nós acreditamos.
quinta-feira, fevereiro 12, 2009
A paixão segundo a paixão
Pecadora que de loucura se alimenta.
Tentação doce,
Fermento,
Mundo que gira em torno do momento.
Força que sustenta
Mão que aperta,
Nos dedos alheios entrelaça,
Corpos singulares que se unem em plural.
Eu paixão que acordo,
Desperto,
Sufoco.
Sou chave e fechadura,
Ponte, estrada, caminho.
Sou o longe
Sou o perto
Foz de rio, alto mar,
Suor, desejo, carícia e beijo.
Sou paixão loucura
Saudade e ternura.
Abaixo assino,
Pecadora confessa,
Sou mais que promessa,
Sou casa e lar
Para quem vive e quer amar.
terça-feira, fevereiro 10, 2009
Always on my mind
The rain may fall on this cold winter day,
but inside me
there's a never ending smile
'cause even though you're so far away,
you are always on my mind
always so close.
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
Sunday Monday
O primeiro na casa nova com a filhota.
Voltámos a estar sem pressas e sem viagens de três horas, sem mais ninguém por perto. Tivemos os nossos timings, os nossos passeios, as nossas pequenas aventuras, as nossas partilhas, os nossos jogos, as nossas zangas, as nossas pazes.
Não há ninguém no mundo que mereça mais que ela tudo o que faço.
As mulheres vão e vêm, como as ondas. Umas com mais força, outras com menos. Umas deixam algo que valha a pena, outras só uma memória longínqua, mas da areia de que sou feito, todas levam um pouco.
Ontem foi também o dia em que encerrei definitivamente um capítulo e, sabem o que tem de melhor o fim de um capítulo? É que a seguir vem sempre uma nova página....
domingo, fevereiro 08, 2009
"Kate and Leopold"
Leopold: Perhaps you haven't found the right one.
Kate: Maybe. Or, uh... maybe that whole love thing is just a grown-up version of Santa Claus; just a myth we've been fed since childhood. So, we keep buying magazines, joining clubs, and doing therapy and watching movies with hit pop songs played over love montages all in a pathetic attempt to explain why our love Santa keeps getting caught in the chimney.
E o filme devia ter terminado por aqui. Não seria filme, seria vida real...
A felicidade, conceito vago...
Ontem a noite, à minha frente numa fila para comprar pizza, um casal trocava carícias. Estavam juntinhos, bem junto um ao outro, falavam ao ouvido e, quando ela se ausentou para ir à casa de banho, deu-lhe um beijo, pequeno mas com tanto significado. Acredito que ele tenha sentido a perfeição naquele momento, eu senti-la-ia.
É destes momentos que sinto falta! Das pequenas coisas, das partilhas, dos segredos, o cinema, do acordar…
Quando alguém está sozinho, a tendência é sempre ter pena por essa pessoa estar privada das relações sexuais. Que erro tão grande…
O que mata por dentro quem está só é a falta de carinho, de amor. Tentar superar essa falta com relações fortuitas não funciona, só nos faz sentir pior connosco próprios.
Os amigos e as amigas, coloridos ou não, enchem uma boa parte do nosso… tempo. O resto, combustível de que necessitamos para os dias frios, não se encontra na companhia dos amigos, nem da família nem dos amantes. Está na pessoa com quem queremos realmente estar, com quem nos sentimos bem, que faz tudo parecer perfeito. Essa pessoa, seja ela real ou apenas ainda um sonho, faz valer a pena a espera nos momentos em que não podemos estar com ela.
Acordei hoje a sinto-me a resvalar. Entre um e outro sorriso, vou enganando o mundo que me rodeia. Com o trabalho vou preenchendo os dias que me cansam e fazem adormecer cedo. Mas, na noite profunda, vêm os sonhos descontrolados e põem a nu tudo o que sinto.
Estou farto deste dia-a-dia sem sentido.
Quero chegar a casa e ter alguém para quem cozinhar.
Quero esquecer o computador ao serão.
Quero ler uma parte interessante de um livro e ter alguém do meu lado com quem a partilhar.
Quero discutir e fazer as pazes.
Quero dormir só de um lado da cama.
Quero as pequenas coisas, todas! Aquilo que preenche os espaços de uma vida que sempre foi aos bocados.
Quero… (infinito).
sábado, fevereiro 07, 2009
Sonho
Excita-me olhar para as tuas verdadeiras curvas. Sem artifícios, sem soutiens push up ou calças de ganga da Salsa. Adoro o teu peito de mulher, os teu braços longos e as mãos que usas em tanta coisa durante o dia e me amam de noite.
Adoro o abrandar da tua voz à medida que a noite chega ao teu corpo, o cansaço de instala e lentamente me pedes com os olhos que te abrace.
Deitada a meu lado, estudas algo numas folhas cheias de rabiscos quase imperceptíveis. Os teus olhos, que correm a toda a velocidade desde que acordas, que parecem querer absorver cada instante da vida que passa, cada segundo, cada situação, começam a semi-cerrar-se.
Fecho o livro que estou a ler, tiro-te as folhas das mãos e beijo-te. Quando os meus lábios tocam os teus, beijas-me com um sorriso. O melhor beijo que alguma vez senti. O beijo da felicidade.
Sem qualquer palavra, despes-te toda. Sem pudores, sem vergonhas que te afastem de mim, estás nua de rabo-de-cavalo à minha frente. Quero-te! Dizes-me.
Saio da cama, agarro-te, encosto-te à parede fria. Beijo-te, toco-te, percorro todo o teu corpo com a minha língua. Saboreio as pequenas gotas de suor que se libertam conforme o teu corpo aquece ao meu toque.
Seguras-me a cabeça com a mão, embrenhando os dedos no meu cabelo, gemes, arrepias-te e tocas-te no peito com a outra.
Excita-me excitar-te. A minha barba curta, roça-te a pele das coxas como se fossem milhões de pequenos dedos a tocar-te enquanto a minha língua te invade.
Pedes-me para não parar e entre um gemido e outro, sinto o teu corpo em saborosas contracções. Subo os meus dedos até ao teu peito e sinto os mamilos rígidos. Ergo-me, beijando cada centímetro de pele até à tua boca, onde me perco num beijo apaixonado e te mordo suavemente os lábios.
Estou completamente excitado. Viro-te, encosto-te contra a parede e, com o meu peito nas tuas costas, a minha respiração no teu pescoço, os meus dedos na tua boca, entro em ti. Sinto-te completamente húmida e sabe-me tão bem.
Os teus gemidos são agora gritos, não demasiado altos, excitantes, provocantes, que me fazem ficar também eu cada vez mais excitado. Sinto que te invado completamente. A cada movimento vou cada vez mais fundo, não há parte de ti que não toque e quando o faço, acompanhas-me com ais, e mais e mais e mordes-me os dedos e tentas chegar com a mão para me puxar ainda mais para ti.
Nesta dança orgásmica perco a conta às vezes que te contrais e estremeces, que te calas e voltas a gritar.
No passo final da dança, no momento em que sou eu que não me contenho mais, que grito e gemo e dou, tudo pára. Tu calas-te, eu calo-me, os corpos parados, as mãos na parede, eu dentro de ti.
Entre saliva e suor, fluidos e amor, acordo.
Isto foi o que sonhei. Acordado ou a dormir, tanto faz. Eras tu, era eu, éramos nós.
A continuação....
O poeta como tinha dito, acabou. Morreu, não voltará mais. A partir de agora quem escreverá aqui serei eu.
Sensitivamente, apaixonadamente, intensamente, mantendo a essência do homem por detrás da máscara, peço-vos que me acompanhem nesta nova jornada.
Hermes
terça-feira, fevereiro 03, 2009
FIM
Desde Novembro de 2005, encerrei em cada texto, imagem ou vídeo publicados, o que de mais profundo havia em mim. Nunca preparei a poesia que aqui viram e escrevê-la foi para mim um exercício de auto-conhecimento que teve durante este período uma extrema importância no meu dia-a-dia.
Mas tudo tem um fim.
Este blog ficará activo para quem quiser vir ver quem fui. Daqui para a frente não o serei mais. Ser sensível, romântico, dedicado, atencioso, só me tem feito mal, tanto ao A. como ao poeta. Poderei mesmo afirmar que o poeta está ferido de morte e não acredito que alguma vez volte.
Não vou agradecer tudo o que me escreveram, comentaram, disseram. Digo apenas que deixaram muito de vós em mim.
Tudo o que aqui escrevi sobre sentimentos é o que sinto, pelo menos por enquanto. Cada vez mais, aquilo que digo, o valer a pena viver perdidamente de amor, sinto que acredito menos.
A cada chapada da vida vou acordando mais um pouco, e o homem banal começa a instalar-se em mim, afinal de contas é tão mais simples ir com a correnteza do rio. Remar contra a corrente, para quê?
Haverá mesmo alguém que nos valorize por sermos assim diferentes? Será que esse valor que nos diz dar, tem efeitos práticos?
Quando nos dizem que não existimos, isso é algo bom ou mau? Estarão as pessoas preparadas para aceitar alguém diferente? Dispostas a amá-lo por tudo aquilo que alguém as faz sentir e que nunca tinham sentido?
A minha alma não é pequena, mas cada vez menos concordo com o Pessoa.
O mal de quem se apaixona é que acredita. Eu acreditei. Lutei. Mostrei-me, de uma forma que nunca tinha feito. O resultado? O mesmo de sempre. Tal como de muitas outras vezes estou sentado em frente ao pc a despejar letras no desejo de me compreender de uma vez por todas e perceber onde está o erro. Nunca o encontro. Nunca percebo o que realmente falha em mim. Acho que serei sempre o eterno amigo, aquele que nunca chega para mais. Aquele que tem tudo mas que não chega. O que toca a alma mas não desperta os sentidos. Sim, decididamente a falha tem que estar em mim.
São anos demais, pessoas demais, relacionamentos demais para que a falha não seja minha.
Não sei se o blog vai continuar, ou se vou fazer aquilo que a maioria faz, um blog cheio de nada com textos cheios de coisa nenhuma.
Uma coisa sei, neste momento vou para a minha concha. De onde não pretendo sair, de onde cada vez me é mais difícil sair.
Os olhos já não choram, a alma já não sofre. Até o vazio que senti toda esta noite, desapareceu.
Não vou mais voar, não vou mais sonhar, não vou mais iludir-me. As palavras vão ser guardadas a sete chaves e a chave atirada ao mais fundo poço.
Hoje o poeta não existe mais.
Hoje será um eterno amanhã.
Armando
em meu peito...
Dormem em meus lábios as palavras que te não disse
Bamboleiam searas no vento que te levei
No ar que te não deixei
No fresco que breve se perdeu.
Nunca te contei o meu maior segredo.
O que guardei e fingi não ver,
que arde, queima, faz doer.
Que me traz memórias, sonhos perdidos,
Castelos caídos
Fábulas, lendas e histórias.
Nunca conseguiste ver que, guardado bem no fundo
do bolso deste casaco, se esconde um mundo
E também eu tinha medo.
Temo a noite agora,
aquela que outrora me fazia sonhar.
Escondo-me de novo no canto,
sinto de novo o mesmo frio.
O rosto não disfarça o regresso do sorriso vazio.
A felicidade tal como o rio,
acaba por desaguar e se diluir.
segunda-feira, fevereiro 02, 2009
True, so true...
James Blunt
GoodBye my lover
Did I disappoint you or let you down?
Should I be feeling guilty or let the judges frown?
'Cause I saw the end before we'd begun,
Yes I saw you were blinded and I knew I had won.
So I took what's mine by eternal right.
Took your soul out into the night.
It may be over but it won't stop there,
I am here for you if you'd only care.
You touched my heart you touched my soul.
You changed my life and all my goals.
And love is blind and that I knew when,
My heart was blinded by you.
I've kissed your lips and held your head.
Shared your dreams and shared your bed.
I know you well, I know your smell.
I've been addicted to you.
Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.
I am a dreamer but when I wake,
You can't break my spirit - it's my dreams you take.
And as you move on, remember me,
Remember us and all we used to be
I've seen you cry, I've seen you smile.
I've watched you sleeping for a while.
I'd be the father of your child.
I'd spend a lifetime with you.
I know your fears and you know mine.
We've had our doubts but now we're fine,
And I love you, I swear that's true.
I cannot live without you.
Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.
And I still hold your hand in mine.
In mine when I'm asleep.
And I will bear my soul in time,
When I'm kneeling at your feet.
Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.
I'm so hollow, baby, I'm so hollow.
I'm so, I'm so, I'm so hollow
domingo, fevereiro 01, 2009
Encantamento vs Paixão vs Amor
As relações amorosas são sem dúvida as relações mais complexas que experimentamos durante a vida. Os sentimentos são, por si só, uma confusão em que desejamos andar sempre mergulhados.
Alegoricamente acho que tudo se pode ver como um exercício de natação. Quando estamos à beira da piscina, na puberdade, não sabemos bem o que vamos encontrar ao nos relacionarmos. Queremos entrar mas temos medo. E se nos afogarmos? E se a água estiver fria demais e não conseguirmos aguentar e tivermos que sair à pressa? É a altura das dúvidas sem qualquer tipo de certeza.
Depois, quando já experimentámos a água, não paramos de saltar. O pós adolescência. É experimentar novas formas de mergulho, ver quanto tempo aguentamos a boiar, quanto tempo conseguimos suster a respiração debaixo de água, é a altura das relações inconsequentes. Fazemos porque queremos, nada mais interessa.
Quando chegamos à fase adulta, não queremos mais exercícios de loucura. Queremos nadar. Entrar vagarosamente na piscina, nadar, desfrutar a temperatura da água, sentir a sua envolvência, a forma como chega a todos os pontos do nosso corpo, o prazer ao fim ao cabo.
Muitos de nós, ficamo-nos por aqui. E assim nadamos toda a vida. Muitos acabam por se afogar e mais não fazem que ficar a boiar até que alguém os venha retirar da letargia. Muitos nem querem sair da letargia.
Há, no entanto, quem, esteja a nadar ou à beira da piscina e comece a olhar para as pranchas de saltos. O desafio é um motor muito forte do ser humano. Há quem não resista e arrisque e há quem se fique pela intenção. O risco é sempre grande, nunca sabemos se daremos um bom salto, mas se assim acontecer, quem ousou experimenta emoções e sensações que aos outros pouco ou nada dizem.
Ora, e como o texto já vai longo e amanhã é dia de trabalho, chegamos então ao cerne da questão, o encantamento vs paixão vs amor.
Quem nunca se atrever a subir à prancha, nunca passará do encantamento. É bom para achocalhar o dia-a-dia mas totalmente inconsequente em termos de felicidade.
Quem ousa subir à prancha e saltar, conhecerá a paixão, o fogo dos sentidos. É sem dúvida o sentimento que mais vale a pena. O momento da subida à prancha, a antecipação do salto, o mergulhar no vazio, a descida vertiginosa.
O mais difícil e para muitos inatingível é o amor. É o salto perfeito, a pirueta completa, o mergulho olímpico. Nasce no encantamento, floresce na paixão e toma raízes. É o nadar envolto na água da vida depois do salto sublime. É o não querer sair nunca da piscina.
Por isso meus lindos e lindas leitore(a)s. Em que fase de relacionamento amoroso estão agora?
Encantamento vs paixão vs amor. Ou apenas numa letargia constantemente irritante? Se sim, como sair dela? Quererão mesmo sair?
Mudar é algo que custa mais que qualquer outra coisa nesta vida. É preciso força, vontade, sentido de oportunidade, perseverança e, sem dúvida alguma sorte. Mas é tão bom mudar…. É sem dúvida aquela estrada cheia de buracos que nos leva a um sítio lindo, único, onde podemos ver o horizonte de uma forma completamente diferente.
Boa semana a todo(a)s