Percorro-me, internamente, em busca nem sei bem do quê. Perco o olhar na parede branca, vazia, despida de luzes e banhada apenas pela lua que se intromete a medo na sala onde me sento.
Os lábios estão secos e os olhos com um misto de alegria e tristeza.
Calaram-se as lágrimas.
Os desejos que antes me acompanhavam, são agora recordações,que de tão distantes me parecem inexistentes.
Já não tenho vontade de nada. Já não sinto nada. Já não espero nada.
Limito-me a estar aqui, à luz da Lua, ao som dos carros e de uma ou outra ambulância. Esta rua é tão movimentada. Assim era a minha vida.
Sento-me por vezes no passeio, e pego o telemóvel. Olho, vejo e volto a olhar as fotos, uma a uma. Encho o ecran vez a uma, vez a outra, como se folheasse um álbum de fotografias.
Tenho um desejo mórbido de sofrer. Sinto que o procuro quando insisto em recordar, em reviver, em voltar a querer.
O tempo não espera. O dia está a nascer.
A luz da Lua já não ilumina a sala. Os carros já não passam, os pássaros já acordaram.
Hoje é Sábado. Os silêncios são mais longos...
sexta-feira, abril 24, 2009
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3 comentários:
É..estou exactamente no mesmo barco...:-(.
Lamento tanto como o lamento para mim.
Que ainda possam existir sabados luminosos para ti.
Ah e nunca cheguei a te agradecer mas gostei da tua franqueza lá no meu blog, naquela resposta longa e sincera.
Fica bem!
nada de silencios longos...
sorri...
Bom fim semana :)
beijinhos
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