sábado, março 21, 2009
Os teus pés
contemplo os teus pés.
Teus pés de osso arqueado,
teus pequenos pés duros.
Eu sei que te sustentam
e que teu doce peso
sobre eles se ergue.
Tua cintura e teus seios,
a duplicada púrpura
dos teus mamilos,
a caixa dos teus olhos
que há pouco levantaram vôo,
a larga boca de fruta,
tua rubra cabeleira,
pequena torre minha.
Mas se amo os teus pés
é só porque andaram
sobre a terra e sobre
o vento e sobre a água,
até me encontrarem.
Pablo Neruda
sexta-feira, março 20, 2009
Vazio
Fiz a barba, ouvi Nina Simone.
Tomei banho ao som de Nina Simone.
A cozinha estava vazia.
A sala estava vazia.
O telemóvel... silêncio.
Saí para o trabalho de alma vazia.
Voltarei, ou não...
o vazio permanece.
quinta-feira, março 19, 2009
The closest thing to crazy
"I was never crazy on my own...
And now I know that there's a link between the two,
Being close to craziness and being close to you. "
quarta-feira, março 18, 2009
Os dias que me doem....
Para me sentir, precisei sentir tudo,
Transbordei, não fiz senão extravasar-me,
Despi-me, entreguei-me,
E há em cada canto da minha alma um altar a um deus diferente."
Fernando Pessoa
terça-feira, março 17, 2009
segunda-feira, março 16, 2009
Eu sei que vou te amar
Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
A cada despedida eu vou te amar
desesperadamente vou te amar
E cada verso meu será
Pra te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que essa tua ausência me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
domingo, março 15, 2009
Excertos...

Faço-te deslizar sobre a cama, sobre os lençóis ainda amarrotados pelo ímpeto da paixão e deixo-te nua a olhares-me. Pego no pincel chinês, de pêlo de marta, e na tinta sépia e, dirigindo-me a ti, digo para te virares. Olhas-me carente e apaixonada e obedeces-me deixando a planície das tuas costas completamente a minha mercê. Sento-me junto a ti e começo a escrever, suavemente, arrepiando a pele ao toque do pincel e da tinta fria. Oiço-te gemer baixinho, na antecipação do prazer, e contrais-te quando, para escrever mais um verso, te toco a pele com a mão.
Escrevo sem parar e, a palavra sinto-te cada vez mais excitada. Perguntas-me, o que estás a escrever? Respondo-te, estou a escrever-me a mim, em ti.
Não me deixando continuar, viras-me e beijas-me, e entre tintas e pincéis, versos, poesia e palavras desgarradas, voltamos a fazer amor sob um sol que entardecia.
- Não me deixes nunca!
- Como te posso deixar, se já és parte de mim?
- Amo-te tanto...
- Sou-me em ti.
sábado, março 14, 2009
À tarde com saudade
todo o meu ser revolto de saudade
voam os beijos que te dou na eternidade
os sorrisos quentes nos teus lábios, na tua boca.
Vive na noite, nas sombras da Lua,
os prazeres, desejos, que te não dei.
A terra selvagem, sem ordem nem lei,
que conquisto ofegante na pele nua.
Na certeza de te vir um dia a amar,
deixo-me ir, embalado na tarde calma,
sentimentos ao leme, sonhos no olhar.
Envoltos em calor, desejo, brisas do mar,
deitados na cama, fazendo amor com a alma,
corpos despidos, um desejo... ficar...
sexta-feira, março 13, 2009
Misterious ways
O ano começou e trouxe um ímpeto de Primavera.
Como uma semente adormecida, irrompeu pela vida fora e nada será como dantes. Esqueceu-se do Inverno, e trouxe-nos a todos novos sentires, novos olhares, novos fazeres.
O que começou como um caminho de esperança, revelou-se apenas um meio para atingir um fim. Sem esse "pequeno" acontecimento, não se teriam desencadeado tantos outros que vieram ligar, quem sabe para sempre, almas que andavam desavindas. O universo conjugou-se numa simples pergunta, num simples pedido, numa simples ajuda de uma amiga. Sem isso, nada tinha acontecido, e as almas não se tinham encontrado.
Há no entanto almas que não se compatibilizaram e se afastaram, talvez mais por questões pragmáticas que sentimentais ou espirituais, mas a verdade é que mesmo esse afastamento foi necessário para chegarmos ao caminho em que estamos.
A água turva da agitação inicial, começa a dar lugar a uma água límpida, em que a verdade vai vir ao de cima, em que só o essencial vai ficar e tudo se definirá.
Para tudo há um razão, e tu, tu, tu e tu, vieram por uma razão. Ela revelar-se-á em breve.
Eu já encontrei a minha chave, e o portão já abriu. Falta descobrir a vossa e o papel que cada um vai representar nessa abertura.
Uma coisa é certa, os sentimentos à flor da pele, já ninguém nos tira, e caminho com a certeza que quando pensei que não podia nunca encontrar mais romantismo num momento, numa situação, a vida vem com todo o seu vigor, e mostra-me que, afinal, os dias ainda podiam ser mais quentes em pleno Inverno.
Peço desculpa a quem não vai perceber o que escrevi, mas este é, decididamente, um post com destinatários. :)
quinta-feira, março 12, 2009
Ata-me
como a amarra de um navio
presa ao cais.
De rosto na pele,
olhos fechados,
lábios húmidos,
em teus seios desejados.
Agarra-me agora,
sem pudores,
sem demora.
Despe-te nos olhos,
que de tanto te amarem,
se deleitam a ver-te.
Encontra em meu corpo,
o caminho para ti,
encontra em meu ser,
o mapa do mundo,
que escondido na noite,
no poço mais fundo,
se revela agora,
teu cada segundo.
Deixas Em Mim Tanto De Ti
Que te impeçam de partir,
Nas sombras do meu quarto
Há mil sonhos por cumprir.
Não sei quanto tempo fomos,
Nem sei se te trago em mim,
Sei do vento onde te invento, assim.
Não sei se é luz da manhã,
Nem sei o que resta em nós,
Sei das ruas que corremos sós,
Porque tu,
Deixas em mim
Tanto de ti,
Matam-me os dias,
As mãos vazias de ti.
A estrada ainda é longa,
Cem quilómetros de chão,
Quando a espera não tem fim,
Há distâncias sem perdão.
Não sei quanto tempo fomos,
Nem sei se te trago em mim,
Sei do vento onde te invento, assim.
Não sei se é luz da manhã,
Nem sei o que resta em nós,
Sei das ruas que corremos sós,
Porque tu,
Deixas em mim
Tanto de ti,
Matam-me os dias,
As mãos vazias de ti.
Navegas escondida,
Perdes nas mãos o meu corpo,
Beijas-me um sopro de vida,
Como um barco abraça o porto.
Pedro Abrunhosa
terça-feira, março 10, 2009
Excertos...
segunda-feira, março 09, 2009
domingo, março 08, 2009
Loucura
sempre poucos os minutos
sempre poucas as promessas...
És-te em mim... sou-me em ti...
o destino seremos.
sábado, março 07, 2009
A mulher
um desejo
um querer.
Cada mulher um segundo,
uma flor,
um beijo
um aceitar para além do entender.
Que neste 8 de Março não escorra uma única lágrima no rosto de qualquer mulher.
Excomunguemos a Igreja
Relembro a idade, 9 anos...
O violador, esse, não foi excomungado...
Eu, acredito em Deus, acredito na mensagem de Jesus Cristo. Acredito no amor, no perdão, no dar a outra face. Acredito que podemos ser sempre melhores e que assim influenciamos quem nos rodeia. Mas, recuso-me a ser considerado parte desta Igreja.
The kingdom of god is within you and not around you... e cada vez tenho mais a certeza disso.
sexta-feira, março 06, 2009
Only when I sleep - The Corrs
Sailing in my head
You swim my secret oceans
Of coral blue and red
Your smell is incense burning
Your touch is silken yet
It reaches through my skin
And moving from within
It clutches at my breast
But it's only when I sleep
See you in my dreams
You got me spinning round and round
Turning upside-down
But I only hear you breathe
Somewhere in my sleep
Got me spinning round and round
Turning upside-down
But its only when I sleep
And when I wake from slumber
Your shadow's disappear
Your breath is just a sea mist
Surrounding my body
I'm workin' through the daytime
But when it's time to rest
I'm lying in my bed
Listening to my breath
Falling from the edge
But it's only when I sleep
Um sexto sentido...
Um sexto sentido, um novo sentir...
Quero escrever a palavra que o defina e ela não me sai. Percorro o dicionário e nenhum termo é suficiente para descrever o que sinto, o que sentimos. Não é só amor, não é só paixão, não é só encantamento, não é só desejo. É tudo isso, mas é muito mais. Tem corpo. Tem gosto. Tem forma e poderes escondidos. Tem alma porque anseia e dedos que se formam nos desejos. Tem a saudade do que ainda não veio e a verdade do invisível essencial.
É a palavra, o sentir, o sentido mais completo. É a verdade, a certeza, a busca e o encontro.
O sexto sentido, o nosso sexto sentido, é isto e tanto mais....
quarta-feira, março 04, 2009
Filho do vento
Minha mãe, a lua, deu-me a subtileza de uma noite de lua cheia. A beleza do luar de Janeiro, frio, distante, mas surpreendentemente aconchegante. Sou as suas fases, os seus opostos. Sou cheio, sou novo, e sou quartos. Sou um constante nascer depois de um poente, a saudade que fica dos dias de sol, do quente na pele. Sou o mistério e as sombras da noite que ocultam sempre algo desconhecido. Um mistério constante, uma névoa que esconde, um cantar de coruja na escuridão.
Sozinho, na noite do luar mais longo do ano, nu, no precipício sobre o mar revolto, abro os braços, e deixo o vento embalar-me e levar-me para longe, a voar, para junto do sonho, para junto de ti.
segunda-feira, março 02, 2009
Eu...
sou muito mais do que aquilo que escrevo
sou olhos
voz
corpo
e cheiro.
Sou Deus e pecado,
sonhos desfeitos,
amores perfeitos,
eternamente tido e abandonado.
domingo, março 01, 2009
Não chores...
Não chores, digo-te eu. Pego a tua mão, puxo-te para mim e abraço-te.
Não chores e encho-te de beijos e de sorrisos.
Não chores e pego-te ao colo e levo-te dessa praia de tristezas.
Não chores e em silêncio, olho-te, beijo-te e repito, não chores...
Túnel secreto
um túnel secreto.
Sem mapas, sem caminhos.
Só existe à luz da Lua,
no amor sentido e concreto,
nas tardes quentes
de poemas sem ninho.
De noite,
nas sombras do luar,
o túnel é o nosso refúgio,
o nosso encontro,
o nosso porto de abrigo,
e carentes, despidos,
em amantes vagas se entregam as almas.
És a lua
que em meus olhos se pinta nua.
Sou o sol
que quente te invade.
Somos astros celestes,
altivos ciprestes,
que no dia se encontram
e de noite se amam.
sábado, fevereiro 28, 2009
Mamma mia
Estou estupidamente feliz. Vejo alegria em todo o lado.
Quem me vir, perguntará se estou apaixonado, eu responderei com o meu mais enigmático sorriso :)
É tão bom sentir!!! Vá quero toda a gente a sorrir. Aqui pelos Algarves o sol brilha, o tempo está maravilhoso e apetece sair e viver.
What are you waiting for?
A2 direcção sul!!!! :)
Beijos e bom fim de semana.
Just the Way You Are
Don't go changing, to try and please me
You never let me down before
Don't imagine you're too familiar
And I don't see you anymore
I wouldn't leave you in times of trouble
We never could have come this far
I took the good times, I'll take the bad times
I'll take you just the way you are
Don't go trying some new fashion
Don't change the color of your hair
You always have my unspoken passion
Although I might not seem to care
I don't want clever conversation
I never want to work that hard
I just want someone that I can talk to
I want you just the way you are.
I need to know that you will always be
The same old someone that I knew
What will it take till you believe in me
The way that I believe in you.
I said I love you and that's forever
And this I promise from the heart
I could not love you any better
I love you just the way you are.
sexta-feira, fevereiro 27, 2009
Dreaming...
Tu sorrias, e eu, como sempre, não me calava um segundo. A felicidade revelava-se no teu sorridente silêncio e na minha verborreia nervosa.
Eu, encontro refúgio nas palavras quando não sei o que dizer, e tu, com os teus olhos, também eles sorridentes, só me dizias, amo-te. Eu via nesses olhos o amor e falava ainda mais.
Sinto medo do nosso amor, até nos sonhos em que nos libertamos de convenções sociais e merdas do dia a dia que só nos tentam afastar.
No momento em que me calei, beijei-te. Sei que o desejavas tanto quanto eu, e toquei suavemente o teu rosto. Não queria acreditar que estava mesmo a acontecer. Tu, com a tua voz de anjo, doce de quem estava a descobrir finalmente o amor e a paixão, dizias que tinhas medo. A cada vacilar teu, beijava-te com mais certezas e tu deixavas-te ir...
Nos sonhos tudo acontece e o tempo não segue as regras a que estamos habituados. Muitas vezes nem existe, e o flash seguinte que recordo,é que estávamos deitados, nus, irrequietos, e dançávamos entre os lençóis de uma cama desconhecida. As mãos curiosas percorriam os nossos corpos e os dedos entrelaçavam-se na esperança de não se voltarem a separar.
As nossas respirações ofegantes, os nossos corpos colados, transpirados, com sabores de paixão que as nossas línguas provavam, milímetro a milimetro.
O teu gemer de prazer ainda ecoa na memória de um sonho que desejo voltar a ter esta noite. Um sonho que desejo realidade.
Acordei e olhei para o lado, a ver se lá estavas. Passei a mão pelo lençol, e este estava frio. Foi um sonho, pensei. Mas agora, debaixo deste chuveiro de água morna, sinto ainda o calor de te ter amado na madrugada.
Iris - Goo Goo Dolls
Cause I know that you feel me somehow
You're the closest to heaven that I'll ever be
And I don't want to go home right now
And all I can taste is this moment
And all I can breathe is your life
Cause sooner or later it's over
I just don't want to miss you tonight
And I don't want the world to see me
Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am
And you can't fight the tears that ain't coming
Or the moment of truth in your lies
When everything seems like the movies
Yeah you bleed just to know your alive
quarta-feira, fevereiro 25, 2009
Breve
tão breve te vais.
Cedo o sol nascerá
e as horas teimarão em não passar.
Este relógio que trago comigo não me fala.
Não tem horas para mim.
Só demoras.
Deixei de saber contar por ti.
A seguir ao um, vem o um,
e de segundo em segundo, tudo somado,
o resultado é nenhum.
O tempo não passa,
a chuva molha,
o destino não se decide...
terça-feira, fevereiro 24, 2009
Amizade intemporal
Sei que já te conhecia, sei que já lutamos num tempo passado lado a lado. Sei que já fui o teu apoio e tu o meu, sei que já foste minha irmã, sei que o vais voltar a ser.
A paz, o à vontade, o fluir natural de energias, o sinal na maneira de ser de uma criança, reforça aquilo que as letras já nos tinham garantido. Isto não é de hoje, vem de trás, de há muitas vidas atrás.
Os seres de luz atraem-se e por alguma razão, esta vai ser mais uma vida em que vamos estar em contacto. Como falámos, ainda não percebemos o porquê, mas será que realmente interessa? Só sei que estou feliz e que desde que te conheci muito mudou na minha vida, e o teu abraço, a tua amizade são já e serão sempre uma grande força.
A ti, ser de luz, desejo-te aquilo que sei que me desejas, uma eterna felicidade, e sei que contigo como minha "irmã", ela estará sempre mais perto de ambos.
Passeio de bicicleta
E assim foi, uma tarde bem passada, em comunhão com a natureza e em amizade, com a S., a T. e a C.
Tirando os pequenos contratempos, serviu para finalmente recomeçar as minhas saídas de bicicleta, postas em stand by desde o Verão.
E foi assim a minha tarde, divertida, especial, e muito refrescante. Pena a aterragem forçada da C., que resolveu experimentar as maravilhas do mergulho para a terra... mas, muito betadine depois, tudo está ok :)
Há, no entanto aquela permanente vontade de estar contigo... o desejo constante de partilhar estes momentos contigo. Um dia talvez...
segunda-feira, fevereiro 23, 2009
Quero apenas cinco coisas
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que me continues a olhar."
Pablo Neruda
Queres?
Sorrir a dois e matar o desejo?
Queres lamber as feridas, profundas, antigas,
e abraçar-me a alma, que de te ter se acalma?
Queres esquecer o presente?
Queres ver o porquê, de tanta saudade?
Queres que te diga ao ouvido,
que meus dedos despidos,
só encontram verdade quando, entrelaçados no teu cabelo,
te puxam para mim
e te beijo assim apaixonado.
Queres que te abrace e te faça lembrar,
que os dias não têm que ser
a prisão em que amordaçada prescindes de viver?
Queres ser minha?
Eu serei teu, como já o sou em sonhos,
em dias compridos,
semanas esquecidas,
em que vagueio.
Amante irresponsável do sentir,
sou a dança que te espera!
Quero-te hoje, aqui,
na verdade que se desprende das horas,
no beijo que tanto demora,
e se forma em meus lábios,
sempre que bebo um pouco mais de ti.
num futuro incerto,
num poema deserto,
tão longe e tão perto,
consigo tocar-te?
sábado, fevereiro 21, 2009
Princesa
teus lábios cereja,
olhos amêndoa,
desejo contido, num olhar que troveja.
Cabelo de mar,
toque de areia,
o meu corpo despido,
que em ti se semeia.
Princesa, teus braços,
teus seios, teu rosto,
tua língua suave,
meu vinho encorpado,
delícia, meu mosto.
Pele de neve,
branca imaculada,
tortura sangrenta,
consome, atormenta,
loucura que se quer consumada.
Princesa teu beijo,
em noites de prazer,
nos meus sonhos te toco,
me encontro,
sou louco,
e me dizes ao ouvido,
faz-me mulher.
A voz
doce, quente, amante, carente.
A voz
sentida, ouvida, de noites despida
A voz
que embala, assusta, acalma.
A voz
que hoje quero,
sede insaciável, desespero.
A voz
que é tua,
no sorriso meu,
espelhos de mar,
reflexos de céu.
quinta-feira, fevereiro 19, 2009
Confusão Mental
São vias rápidas sem paragens ou zonas de descanso.
Os sorrisos que cativas têm certezas,
mas ainda vivem sós nestes lábios.
Andam à procura dos teus.
Mapa desordenado, de estradas, caminhos e buracos,
semáforos intermitentes que não me querem deixar sentir.
Confortável esta paragem de autocarro em que espero por ti.
quarta-feira, fevereiro 18, 2009
terça-feira, fevereiro 17, 2009
Brown Sugar
Frequentemente nos limitamos na vida que levamos. Por medo, incerteza, ou insegurança, deixamos os dias correrem, e estes transformam-se em semanas, meses, anos, e quando queremos dar o grito estamos demasiado enredados na teia que deixámos e ajudámos a tecer à nossa volta, tudo se complica.
A maioria das vezes, há terceiros envolvidos, o que ainda dificulta mais, e a nossa reacção é, compreensivelmente, não a ter.
Também eu já vivi assim. O que fiz? Nada, deixei andar. Engoli lágrimas, recalquei sentimentos, forcei situações e momentos especiais. A frustração toma conta de nós quando tentamos sentir o que não sentimos. E a frustração é o pior que podemos sentir por nós próprios.
A situação acabou por se resolver por si, mas sem que para tal eu tenha contribuído, a não ser com a tristeza constante que os meus olhos sempre se negam a esconder, quando a alma a sente.
Por isso, deixo-vos um conselho, que até para mim é, muitas vezes, difícil de seguir, quando não estão felizes, lutem, e voltem a lutar, mas se a felicidade parece estar noutro local, acompanhado ou sozinho, tomem decisões!
Não esperem que a vida as tome por vocês.
Os caminhos nunca são fáceis. E mesmo aquele que parece mais feliz, pode demorar a chegar, mas se ao menos tentarmos, se dermos ao universo a oportunidade de conspirar um pouco por nós, tudo se torna mais fácil, tudo tem mais sabor, tudo se torna um novo horizonte. E mais, encontramos sempre, mais cedo ou mais tarde, quem nos dê a mão, o ombro e o sorriso para nos ajudar a trilhar esse caminho.
Ousem, sonhem, vivam! Com respeito por todos, mas principalmente com respeito por vós próprios, pelos vossos sentimentos, que são sempre o mais puro destino que podemos seguir.
Quando sentimos que sentimos, não o seguir será sempre a nossa maior traição.
Eu vou ousar, sonhar, viver, e para viver é preciso sentir.
Living on my own
segunda-feira, fevereiro 16, 2009
Por volta da uma e meia...
Há uma e meia, um relógio sorri, o sol fica mais quente, o céu mais azul,
e as gaivotas em bandos
confundem norte com sul.
Por volta da hora
dos beijos, carícias,
amores trocados sem medos sem fados
pela tarde fora.
Corações despidos,
desejos à solta,
nas tardes que entardecem,
nas mãos que se tocam e em teias se tecem,
na volta das voltas,
na noite que cai,
na tua partida
em abraço te digo
quem sente, nunca vai...
domingo, fevereiro 15, 2009
Whispering in your ear...
Under the skies above
Sweeping shadows
Pushing away all sorrow
In a wild wild fantasy
River crossing
On the most foolish way to be
Peacefully i surrender
On our way to the afternoon
Regarding the sun, wishing for the moon
Twist of fate, a smile out of the blue
In this cold life, i wish, i wait for you...
sábado, fevereiro 14, 2009
Os verdadeiros namorados
"Sozinhos, com alguns momentos de fraqueza, mas sempre a viver na esperança. Nós somos os verdadeiros namorados, os que não desistem da busca pela felicidade e acreditam no matter what no amor. Um beijo"
Por mais partilhado que o amor tenha que ser, para o ser realmente, nós, os que não têm com quem o partilhar, também o sentimos.
O sol quando se espelha no mar pela manhã é para todos.
Eu acredito.
Tu acreditas.
Nós acreditamos.
quinta-feira, fevereiro 12, 2009
A paixão segundo a paixão
Pecadora que de loucura se alimenta.
Tentação doce,
Fermento,
Mundo que gira em torno do momento.
Força que sustenta
Mão que aperta,
Nos dedos alheios entrelaça,
Corpos singulares que se unem em plural.
Eu paixão que acordo,
Desperto,
Sufoco.
Sou chave e fechadura,
Ponte, estrada, caminho.
Sou o longe
Sou o perto
Foz de rio, alto mar,
Suor, desejo, carícia e beijo.
Sou paixão loucura
Saudade e ternura.
Abaixo assino,
Pecadora confessa,
Sou mais que promessa,
Sou casa e lar
Para quem vive e quer amar.
terça-feira, fevereiro 10, 2009
Always on my mind
The rain may fall on this cold winter day,
but inside me
there's a never ending smile
'cause even though you're so far away,
you are always on my mind
always so close.
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
Sunday Monday
O primeiro na casa nova com a filhota.
Voltámos a estar sem pressas e sem viagens de três horas, sem mais ninguém por perto. Tivemos os nossos timings, os nossos passeios, as nossas pequenas aventuras, as nossas partilhas, os nossos jogos, as nossas zangas, as nossas pazes.
Não há ninguém no mundo que mereça mais que ela tudo o que faço.
As mulheres vão e vêm, como as ondas. Umas com mais força, outras com menos. Umas deixam algo que valha a pena, outras só uma memória longínqua, mas da areia de que sou feito, todas levam um pouco.
Ontem foi também o dia em que encerrei definitivamente um capítulo e, sabem o que tem de melhor o fim de um capítulo? É que a seguir vem sempre uma nova página....
domingo, fevereiro 08, 2009
"Kate and Leopold"
Leopold: Perhaps you haven't found the right one.
Kate: Maybe. Or, uh... maybe that whole love thing is just a grown-up version of Santa Claus; just a myth we've been fed since childhood. So, we keep buying magazines, joining clubs, and doing therapy and watching movies with hit pop songs played over love montages all in a pathetic attempt to explain why our love Santa keeps getting caught in the chimney.
E o filme devia ter terminado por aqui. Não seria filme, seria vida real...
A felicidade, conceito vago...
Ontem a noite, à minha frente numa fila para comprar pizza, um casal trocava carícias. Estavam juntinhos, bem junto um ao outro, falavam ao ouvido e, quando ela se ausentou para ir à casa de banho, deu-lhe um beijo, pequeno mas com tanto significado. Acredito que ele tenha sentido a perfeição naquele momento, eu senti-la-ia.
É destes momentos que sinto falta! Das pequenas coisas, das partilhas, dos segredos, o cinema, do acordar…
Quando alguém está sozinho, a tendência é sempre ter pena por essa pessoa estar privada das relações sexuais. Que erro tão grande…
O que mata por dentro quem está só é a falta de carinho, de amor. Tentar superar essa falta com relações fortuitas não funciona, só nos faz sentir pior connosco próprios.
Os amigos e as amigas, coloridos ou não, enchem uma boa parte do nosso… tempo. O resto, combustível de que necessitamos para os dias frios, não se encontra na companhia dos amigos, nem da família nem dos amantes. Está na pessoa com quem queremos realmente estar, com quem nos sentimos bem, que faz tudo parecer perfeito. Essa pessoa, seja ela real ou apenas ainda um sonho, faz valer a pena a espera nos momentos em que não podemos estar com ela.
Acordei hoje a sinto-me a resvalar. Entre um e outro sorriso, vou enganando o mundo que me rodeia. Com o trabalho vou preenchendo os dias que me cansam e fazem adormecer cedo. Mas, na noite profunda, vêm os sonhos descontrolados e põem a nu tudo o que sinto.
Estou farto deste dia-a-dia sem sentido.
Quero chegar a casa e ter alguém para quem cozinhar.
Quero esquecer o computador ao serão.
Quero ler uma parte interessante de um livro e ter alguém do meu lado com quem a partilhar.
Quero discutir e fazer as pazes.
Quero dormir só de um lado da cama.
Quero as pequenas coisas, todas! Aquilo que preenche os espaços de uma vida que sempre foi aos bocados.
Quero… (infinito).
sábado, fevereiro 07, 2009
Sonho
Excita-me olhar para as tuas verdadeiras curvas. Sem artifícios, sem soutiens push up ou calças de ganga da Salsa. Adoro o teu peito de mulher, os teu braços longos e as mãos que usas em tanta coisa durante o dia e me amam de noite.
Adoro o abrandar da tua voz à medida que a noite chega ao teu corpo, o cansaço de instala e lentamente me pedes com os olhos que te abrace.
Deitada a meu lado, estudas algo numas folhas cheias de rabiscos quase imperceptíveis. Os teus olhos, que correm a toda a velocidade desde que acordas, que parecem querer absorver cada instante da vida que passa, cada segundo, cada situação, começam a semi-cerrar-se.
Fecho o livro que estou a ler, tiro-te as folhas das mãos e beijo-te. Quando os meus lábios tocam os teus, beijas-me com um sorriso. O melhor beijo que alguma vez senti. O beijo da felicidade.
Sem qualquer palavra, despes-te toda. Sem pudores, sem vergonhas que te afastem de mim, estás nua de rabo-de-cavalo à minha frente. Quero-te! Dizes-me.
Saio da cama, agarro-te, encosto-te à parede fria. Beijo-te, toco-te, percorro todo o teu corpo com a minha língua. Saboreio as pequenas gotas de suor que se libertam conforme o teu corpo aquece ao meu toque.
Seguras-me a cabeça com a mão, embrenhando os dedos no meu cabelo, gemes, arrepias-te e tocas-te no peito com a outra.
Excita-me excitar-te. A minha barba curta, roça-te a pele das coxas como se fossem milhões de pequenos dedos a tocar-te enquanto a minha língua te invade.
Pedes-me para não parar e entre um gemido e outro, sinto o teu corpo em saborosas contracções. Subo os meus dedos até ao teu peito e sinto os mamilos rígidos. Ergo-me, beijando cada centímetro de pele até à tua boca, onde me perco num beijo apaixonado e te mordo suavemente os lábios.
Estou completamente excitado. Viro-te, encosto-te contra a parede e, com o meu peito nas tuas costas, a minha respiração no teu pescoço, os meus dedos na tua boca, entro em ti. Sinto-te completamente húmida e sabe-me tão bem.
Os teus gemidos são agora gritos, não demasiado altos, excitantes, provocantes, que me fazem ficar também eu cada vez mais excitado. Sinto que te invado completamente. A cada movimento vou cada vez mais fundo, não há parte de ti que não toque e quando o faço, acompanhas-me com ais, e mais e mais e mordes-me os dedos e tentas chegar com a mão para me puxar ainda mais para ti.
Nesta dança orgásmica perco a conta às vezes que te contrais e estremeces, que te calas e voltas a gritar.
No passo final da dança, no momento em que sou eu que não me contenho mais, que grito e gemo e dou, tudo pára. Tu calas-te, eu calo-me, os corpos parados, as mãos na parede, eu dentro de ti.
Entre saliva e suor, fluidos e amor, acordo.
Isto foi o que sonhei. Acordado ou a dormir, tanto faz. Eras tu, era eu, éramos nós.
A continuação....
O poeta como tinha dito, acabou. Morreu, não voltará mais. A partir de agora quem escreverá aqui serei eu.
Sensitivamente, apaixonadamente, intensamente, mantendo a essência do homem por detrás da máscara, peço-vos que me acompanhem nesta nova jornada.
Hermes
terça-feira, fevereiro 03, 2009
FIM
Desde Novembro de 2005, encerrei em cada texto, imagem ou vídeo publicados, o que de mais profundo havia em mim. Nunca preparei a poesia que aqui viram e escrevê-la foi para mim um exercício de auto-conhecimento que teve durante este período uma extrema importância no meu dia-a-dia.
Mas tudo tem um fim.
Este blog ficará activo para quem quiser vir ver quem fui. Daqui para a frente não o serei mais. Ser sensível, romântico, dedicado, atencioso, só me tem feito mal, tanto ao A. como ao poeta. Poderei mesmo afirmar que o poeta está ferido de morte e não acredito que alguma vez volte.
Não vou agradecer tudo o que me escreveram, comentaram, disseram. Digo apenas que deixaram muito de vós em mim.
Tudo o que aqui escrevi sobre sentimentos é o que sinto, pelo menos por enquanto. Cada vez mais, aquilo que digo, o valer a pena viver perdidamente de amor, sinto que acredito menos.
A cada chapada da vida vou acordando mais um pouco, e o homem banal começa a instalar-se em mim, afinal de contas é tão mais simples ir com a correnteza do rio. Remar contra a corrente, para quê?
Haverá mesmo alguém que nos valorize por sermos assim diferentes? Será que esse valor que nos diz dar, tem efeitos práticos?
Quando nos dizem que não existimos, isso é algo bom ou mau? Estarão as pessoas preparadas para aceitar alguém diferente? Dispostas a amá-lo por tudo aquilo que alguém as faz sentir e que nunca tinham sentido?
A minha alma não é pequena, mas cada vez menos concordo com o Pessoa.
O mal de quem se apaixona é que acredita. Eu acreditei. Lutei. Mostrei-me, de uma forma que nunca tinha feito. O resultado? O mesmo de sempre. Tal como de muitas outras vezes estou sentado em frente ao pc a despejar letras no desejo de me compreender de uma vez por todas e perceber onde está o erro. Nunca o encontro. Nunca percebo o que realmente falha em mim. Acho que serei sempre o eterno amigo, aquele que nunca chega para mais. Aquele que tem tudo mas que não chega. O que toca a alma mas não desperta os sentidos. Sim, decididamente a falha tem que estar em mim.
São anos demais, pessoas demais, relacionamentos demais para que a falha não seja minha.
Não sei se o blog vai continuar, ou se vou fazer aquilo que a maioria faz, um blog cheio de nada com textos cheios de coisa nenhuma.
Uma coisa sei, neste momento vou para a minha concha. De onde não pretendo sair, de onde cada vez me é mais difícil sair.
Os olhos já não choram, a alma já não sofre. Até o vazio que senti toda esta noite, desapareceu.
Não vou mais voar, não vou mais sonhar, não vou mais iludir-me. As palavras vão ser guardadas a sete chaves e a chave atirada ao mais fundo poço.
Hoje o poeta não existe mais.
Hoje será um eterno amanhã.
Armando
em meu peito...
Dormem em meus lábios as palavras que te não disse
Bamboleiam searas no vento que te levei
No ar que te não deixei
No fresco que breve se perdeu.
Nunca te contei o meu maior segredo.
O que guardei e fingi não ver,
que arde, queima, faz doer.
Que me traz memórias, sonhos perdidos,
Castelos caídos
Fábulas, lendas e histórias.
Nunca conseguiste ver que, guardado bem no fundo
do bolso deste casaco, se esconde um mundo
E também eu tinha medo.
Temo a noite agora,
aquela que outrora me fazia sonhar.
Escondo-me de novo no canto,
sinto de novo o mesmo frio.
O rosto não disfarça o regresso do sorriso vazio.
A felicidade tal como o rio,
acaba por desaguar e se diluir.
segunda-feira, fevereiro 02, 2009
True, so true...
James Blunt
GoodBye my lover
Did I disappoint you or let you down?
Should I be feeling guilty or let the judges frown?
'Cause I saw the end before we'd begun,
Yes I saw you were blinded and I knew I had won.
So I took what's mine by eternal right.
Took your soul out into the night.
It may be over but it won't stop there,
I am here for you if you'd only care.
You touched my heart you touched my soul.
You changed my life and all my goals.
And love is blind and that I knew when,
My heart was blinded by you.
I've kissed your lips and held your head.
Shared your dreams and shared your bed.
I know you well, I know your smell.
I've been addicted to you.
Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.
I am a dreamer but when I wake,
You can't break my spirit - it's my dreams you take.
And as you move on, remember me,
Remember us and all we used to be
I've seen you cry, I've seen you smile.
I've watched you sleeping for a while.
I'd be the father of your child.
I'd spend a lifetime with you.
I know your fears and you know mine.
We've had our doubts but now we're fine,
And I love you, I swear that's true.
I cannot live without you.
Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.
And I still hold your hand in mine.
In mine when I'm asleep.
And I will bear my soul in time,
When I'm kneeling at your feet.
Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.
I'm so hollow, baby, I'm so hollow.
I'm so, I'm so, I'm so hollow
domingo, fevereiro 01, 2009
Encantamento vs Paixão vs Amor
As relações amorosas são sem dúvida as relações mais complexas que experimentamos durante a vida. Os sentimentos são, por si só, uma confusão em que desejamos andar sempre mergulhados.
Alegoricamente acho que tudo se pode ver como um exercício de natação. Quando estamos à beira da piscina, na puberdade, não sabemos bem o que vamos encontrar ao nos relacionarmos. Queremos entrar mas temos medo. E se nos afogarmos? E se a água estiver fria demais e não conseguirmos aguentar e tivermos que sair à pressa? É a altura das dúvidas sem qualquer tipo de certeza.
Depois, quando já experimentámos a água, não paramos de saltar. O pós adolescência. É experimentar novas formas de mergulho, ver quanto tempo aguentamos a boiar, quanto tempo conseguimos suster a respiração debaixo de água, é a altura das relações inconsequentes. Fazemos porque queremos, nada mais interessa.
Quando chegamos à fase adulta, não queremos mais exercícios de loucura. Queremos nadar. Entrar vagarosamente na piscina, nadar, desfrutar a temperatura da água, sentir a sua envolvência, a forma como chega a todos os pontos do nosso corpo, o prazer ao fim ao cabo.
Muitos de nós, ficamo-nos por aqui. E assim nadamos toda a vida. Muitos acabam por se afogar e mais não fazem que ficar a boiar até que alguém os venha retirar da letargia. Muitos nem querem sair da letargia.
Há, no entanto, quem, esteja a nadar ou à beira da piscina e comece a olhar para as pranchas de saltos. O desafio é um motor muito forte do ser humano. Há quem não resista e arrisque e há quem se fique pela intenção. O risco é sempre grande, nunca sabemos se daremos um bom salto, mas se assim acontecer, quem ousou experimenta emoções e sensações que aos outros pouco ou nada dizem.
Ora, e como o texto já vai longo e amanhã é dia de trabalho, chegamos então ao cerne da questão, o encantamento vs paixão vs amor.
Quem nunca se atrever a subir à prancha, nunca passará do encantamento. É bom para achocalhar o dia-a-dia mas totalmente inconsequente em termos de felicidade.
Quem ousa subir à prancha e saltar, conhecerá a paixão, o fogo dos sentidos. É sem dúvida o sentimento que mais vale a pena. O momento da subida à prancha, a antecipação do salto, o mergulhar no vazio, a descida vertiginosa.
O mais difícil e para muitos inatingível é o amor. É o salto perfeito, a pirueta completa, o mergulho olímpico. Nasce no encantamento, floresce na paixão e toma raízes. É o nadar envolto na água da vida depois do salto sublime. É o não querer sair nunca da piscina.
Por isso meus lindos e lindas leitore(a)s. Em que fase de relacionamento amoroso estão agora?
Encantamento vs paixão vs amor. Ou apenas numa letargia constantemente irritante? Se sim, como sair dela? Quererão mesmo sair?
Mudar é algo que custa mais que qualquer outra coisa nesta vida. É preciso força, vontade, sentido de oportunidade, perseverança e, sem dúvida alguma sorte. Mas é tão bom mudar…. É sem dúvida aquela estrada cheia de buracos que nos leva a um sítio lindo, único, onde podemos ver o horizonte de uma forma completamente diferente.
Boa semana a todo(a)s
sexta-feira, janeiro 30, 2009
Born to Try
I've learned to love
Be understanding
And believe in life
But you've got to make choices
Be wrong or right
Sometimes youve got to sacrifice the things you like
Eros e Tanatos
Quando as janelas não se abrem, aprendemos a jogar com as sombras, a sorrir com os sons, a conversar com os cheiros. As frestas eram sempre a melhor altura do dia. Ansiava pela hora em que, embaladas por uma força quase divina, as partículas, pequenas, minúsculas, ínfimas, de luz o beijavam no rosto.
Então, percorria todo o pequeno espaço atrás do feixe que fazia os seus olhos brilharem. Parecia uma dança. A dança das fadas imaginava.
Nunca tinha conhecido uma fada. Nunca tinha sabido o que era querer conhecer uma.
Inesperada, pela manhã, quando se preparava para mais uma dança, veio e abriu-lhe as janelas de par em par. Escancarou a porta, fulminou o silêncio!
A vida dele mudou nesse dia.
Descobriu que afinal o seu corpo, pesado e raquítico, mirrado pela ausência de sentimentos, tinha cinco sentidos. Descobriu novos cheiros, novos aromas. Descobriu o que era tocar e ser tocado. Saborear e ser... saboreado. Abriu os olhos.
Ofuscado de início, sem saber o que fazer ou sentir, teve medo. A luz era para ele apenas uma fresta ao início da manhã. Agora, até na noite sombria o sol brilhava.
A fada, como passou a chamar-lhe sem que ela soubesse, não falava. Olhava-o, amava-o, tocava-o, sempre em silêncio. Perdera o dom da fala pensava ele. Talvez tivesse sido esse o seu sacrifício para que pudesse ter o dom de o acordar.
Quando se sentavam os dois à janela, olhando o rio, como sempre em silêncio, podiam ouvir-se um ao outro, afinal de contas, falavam a linguagem das almas.
Talvez ela sempre o tenha sabido. Ele, contudo, não o esperava.
Um dia, ao amanhecer, tudo estava escuro. A porta fechada. A janela trancada.
Pensou ser um erro, um sonho, um pesadelo.
Tentou gritar, em vão. Até a voz tinha perdido.
Dias passaram, meses, talvez até anos. O escuro em que antes se tinha habituado a viver, era agora parte dele. Apodera-se da sua alma que não mais falava, não mais ouvia.
Escuras. Cada vez mais escuras, as noites em que antes o sol brilhava, invadiram os dias e nem a lua o acompanhava já.
A pouco e pouco, cansadas de não terem com quem dançar, as frestas iluminadas partiram.
O vazio tomara conta do quarto onde antes vivera Eros e agora repousava Tanatos.
Sorrow
you should hold my hand
and together we'd make a stand
Sometimes
one will never be two
and the north wind
will never be a summer breeze.
Some things are just not meant to be
Green
isn't always yellow and blue.
Love
why can't you see
that our hands go together in harmony
like a waltz, a operah or a symphony.
Hold me tonight
Hold me tomorrow
Hold me tight
sweep away my sorrow.
quinta-feira, janeiro 29, 2009
Rio da Lua
Este vídeo, um excerto do meu filme de eleição, tem aquilo que mais me cativa enquanto homem, poeta, sonhador, ser humano, crente por muitas vezes descrente.Um quadro com uma música, um olhar, um sorriso, e um homem, escritor, de palavras roubadas, e sentimentos à flor da pele.
Vejam e digam-me se não vos deixa a alma quente...
Cativar
O teu chamar-me-á para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
(...)
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria fazer-te mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo."
Independentemente do que se viveu, da forma como se viveu, da mágoa, da desilusão, da tristeza ou da saudade, terei sempre, eu e quem sabe amar a vida num sopro, a cor do trigo.
quarta-feira, janeiro 28, 2009
Nudez
no tempo
Nu
no espaço
Nu
na vida
Nu
compasso.
Nu me visto
em ti desisto.
Nu me vejo
no monte escalado
Nu eterno
sem noite nem fado.
Nu sou eu
sorriso, madrugada
Tu és tudo
um pouco de nada.
Mensagem
O texto está em português do Brasil, optei por não alterar pois também tenho leitoras brasileiras e muitas portuguesas que vêm novelas :P
Um bom dia para todas e todos.
"Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem connosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos,
adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir
recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu génio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceites, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma
necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão!!!!!!!!"
terça-feira, janeiro 27, 2009
segunda-feira, janeiro 26, 2009
Vicky Cristina Barcelona
Um triângulo amoroso, por vezes até um quadrado amoroso. Um filme sobre relações humanas, o amor e a paixão.
Dêem uma espreitadela ao trailer. Vale a pena.
Fez-me pensar em muita coisa este filme, mas talvez a reflexão mais importante de todas, e a de que vos quero falar aqui, é a necessidade, para mim incompreensível que muitas pessoas têm de fazer jogo duplo, e por vezes até triplo.
Há pessoas que olham a vida como um jogo de xadrez. Só fazem uma jogada, pensando já na próxima. Atacam quando sentem que têm a retaguarda protegida, e atiram ao desbarato sentimentos que não têm senão o intuito de prender pelo menos a atenção de alguém.
Eu nunca me dei bem com este jogo.
Contrariamente ao que às vezes tentam insinuar, eu não me acho nenhum santo, nenhum anjo. O que vêem aqui é simplesmente uma parte de mim. O poeta não é o A. e o A. não é só o poeta.
Se já disse coisas que não sentia? Sim, já o disse.
Se já seduzi alguém só pelo prazer da sedução? Sim, já o fiz .
Se já disse amar alguém sem o sentir? Sim, já.
Se tenho orgulho nisto? Não.
Li há uns dias um post que falava na capacidade que devemos ter de mudar. Na importância que o mudar tem na nossa vida. Na prova de inteligência e maturidade que é.
Descobri também há pouco a importância que tem perdoar-mo-nos a nós próprios.
Hoje consigo dizer, sem vergonhas, o que fiz. Consigo não ter vergonha, porque não sabia na altura não o fazer. Não sabia não o fazer, porque ainda não me conhecia o suficiente, ainda não tinha vivido o suficiente.
Isto tudo para dizer o quê? O poeta é um ser humano. Não tem carne e osso, mas tem sentimentos. Muitos. É parte de mim. Vive em mim, respira em mim, acompanha-me todo o dia. Só que ao poeta falta pragmatismo. Vê a vida em sonhos e por vezes tem dificuldade em descer a terra. Para esses momentos aparece o A.
O filme que vi é sobre as paixões da vida. Os encontros e os desencontros e as escolhas que fazemos.
O filme da minha vida tem sido sobre as escolhas que fiz e que faço todos os dias.
O meu presente é uma escolha minha.
Não me tentem arranjar outros porque é este que quero, é este que a vida me deu e é feio recusar presentes.
O que é adorar?
verbo transitivo
1. RELIGIÃO prestar culto a
2. amar apaixonadamente
3. figurado respeitar muito
4. coloquial gostar muito de; ter predilecção por
(Do lat. adoráre, «id.»)
agora escolhe... o que quero eu dizer quando digo que te adoro?
domingo, janeiro 25, 2009
Amante
deseja
arranha, toca e beija.
Amante que te quero.
Amante
carícias
línguas
suor
desejo.
Amante
vem a mim.
Leva a noite,
varre o frio,
invade o corpo
e sê o mar deste velho navio.
Amante
desespero de mãos presas
e certezas que com a distância aquecem.
Amante
a ânsia
as palavras que estremecem
arrepiam
e prometem
dois corpos
despidos sentidos,
suados molhados,
que finalmente se merecem.
sábado, janeiro 24, 2009
La même lune que moi
Toi qui vis loin d'ici
Dis-moi si la nuit
Tu vois la même lune que moi
Une lumière dans le noir
Comme un signe, un espoir
De se revoir...
Back
há momentos que valem tudo na vida...
É em momentos assim que sinto que a minha vida faz sentido.
Bejitos e abraçitos
(estou de volta e em força, amanhã, novo capítulo no SemTi(r))
quarta-feira, janeiro 21, 2009
Com calma e... alma
busca
Devora
Procura.
Demora-te em cada minuto,
faz um ano
em cada segundo.
Saboreia
Vive
Doma o vento
cavalga no momento
deixa-te envolver
num canto de sereia.
Sente a chama
que na pele se sente
Percorre o mundo
no olhar de um inocente.
Desafia o vulcão,
desliza na lava
fermenta o vinho
cresce mansinho
escorrega na vida
com calma e... alma.
terça-feira, janeiro 20, 2009
30
Não vou fazer balanços, até porque se balançar muito fico tonto.
Poderia pensar, como já o fiz muito recentemente, que não tenho muito do que esperava ter quando fizesse 30 anos, poderia deixar-me levar pelo saudosismo e pela melancolia da recordação do que já perdi. No entanto, não o vou fazer, porque olho à minha volta e sinto-me orgulhoso.
Sei que não tenho estabilidade profissional, nem muitos bens materiais que a minha iludida visão de adolescente desejava, mas tenho o melhor do mundo. Uma filha que me ama e que eu amo. Tenho amigas, muitas amigas, umas de sempre, outras mais recentes, mas todas, todas para sempre. Não vou dizer nomes. Vocês sabem quem são!
Tenho, também, algo que já julgava perdido. Algo de que já não me achava merecedor. Algo que para muitos até pode parecer muito pouco, mas para mim é um mundo. Um mundo recente, decerto, efémero aos olhos pragmáticos, mas do qual eu, que amo amar, sinto a certeza que só pode continuar a crescer. Tu sabes que falo de ti. Sabes como és importante para mim, nesse teu jeito único de me fazer sorrir só porque sim.
O puzzle começa agora a fazer sentido.
Estou ao mesmo tempo, numa mudança de vida. De casa. De emprego. De hábitos. Uma mudança que há muito vinha a necessitar. Uma mudança que em breve se concretizará.
Hoje, anos depois, vou poder voltar a dizer, sim, hoje é um dia especial, é o dia do meu aniversário, é o dia em que começou a aventura.
E a cada obrigado, desta vez, vai estar implícita uma felicidade enorme, um agradecimento verdadeiro, não por fazer 30 anos, mas por tudo o que estes trinta anos fizeram de mim.
Sem passar o que passei hoje não seria quem sou e vocês, e TU em particular, não estariam aí.
Obrigado
segunda-feira, janeiro 19, 2009
O Amor, segundo um apaixonado
Não é fácil descrever algo que pouco ou nunca se sentiu. Podemos ter uma ideia daquilo que gostaríamos que fosse, mas hoje sei que essa idealização estava bem aquém da realidade.
O amor é... não... o amor somos...
Nada no amor é singular, tudo é plural. Somos dois, somos felizes, somos únicos, somos os planos traçados a dois. Por isso o amor, é, para mim, acima de tudo, uma adição, de dois singulares num plural.
O amor é transformação. É a dúvida esclarecida por mais dúvidas. É o elemento que nos faz correr mais um pouco, suar mais um pouco, lutar mais um pouco. É chegar ao fim do horizonte e ter a certeza que ainda há tanto para ver.
O amor é um deserto em que nunca nos sentimos sós.
É quando não gostamos de nós próprios mas queremos ser todos os dias um pouco melhores.
O amor é sofrimento, é mágoa, é dor. Mas não conheço ninguém que um dia tenha amado e tenha dito, não valeu a pena. Porque vale sempre a pena!
Quanto tempo é preciso para saber que se ama alguém? Dias, meses, anos? O amor constrói-se ou é-nos dado com a obrigação de cuidarmos dele?
Eu acredito que o amor existe, que ele nos encontra. Que podemos passar uma vida à sua procura. Ele não se constrói. Ele existe! À primeira vista, ao primeiro toque, ao primeiro olhar, à primeira palavra, ao primeiro poema.
Amar é viver. É gostar de quem se ama. É saber de cor cada contorno do rosto, cada onda do cabelo, cada dedo, cada curva. É não querer saber se ela está maquilhada ou pronta para adormecer. É envolve-la nos braços quando ela tem frio. É ter prazer em ir ao supermercado com ela. É abrir-lhe a porta para ela passar.
Amar é ter desejo. É sentir as pernas a tremer num beijo sufocante. É desejar percorrer o corpo da mulher amada com as mãos, a os dedos, a língua, a pele contra a pele, centímetro a centímetro, demorando em cada um uma eternidade.
O amor é ter prazer em tudo o que faço, e desejar a cada dia caminhar mais um pouco ao seu lado.
Desafio pessoal
Can you handle the truth?
:)))))
Como todos daqui para a frente....
Oh its such a perfect day,
Im glad I spent it with you.
Oh such a perfect day,
You just keep me hanging on,
You just keep me hanging on.
Just a perfect day,
Problems all left alone,
Weekenders on our own.
Its such fun.
Just a perfect day,
You made me forget myself.
I thought I was someone else,
Someone good.
domingo, janeiro 18, 2009
Sete Pecados
Portanto, o desafio traduz-se na confissão dos nossos 7 Pecados Mortais tendo em conta a seguinte definição dos mesmos:
Gula: Comer a toda a hora e/ou além do necessário;
Avareza: Cobiça de bens materiais e/ou dinheiro;
Inveja: Desejar atributos, status, posses e/ou habilidades de outra pessoa;
Ira: É a junção dos sentimentos de raiva, rancor e ódio. Por vezes é incontrolável;
Soberba: Falta de humildade, alguém que se acha auto suficiente:
Luxúria: Apego aos prazeres carnais;
Preguiça: Aversão a qualquer trabalho ou esforço físico.
As regras do desafio, por sua vez, são as seguintes:
Revelar a nossa relação com os pecados capitais;
Nomear outros 8 blogues para responder ao desafio.
GULA: Eu sou de ondas, ora como muito pouco ora como sem necessidade. Chocolate é que como sempre demais :)
AVAREZA: Nada, sou um esbanjador. Demais até.
INVEJA: O pior que se pode sentir por alguém. Não tem nada a ver cmg.
IRA: Nunca senti nada incontrolável, nem por quem merecia. O perdão é fundamental para a nossa saúde mental.
SOBERBA: Eu sou humilde, mas não me acho auto-suficiente. Um cadinho parvo este pecado.
LUXURIA: Sou apegado ao prazer associado ao amor. A isso sim.
PREGUIÇA: Muita. Adoro dormir. Mas não tenho aversão nenhuma ao esforço físico. Há momentos para tudo.
Não passo o desafio a ninguém... guardem os vossos pecados para vocês mesmos... Não os digam a ninguém lollol
Carta a um amor recente
Sigo por essas estrelas como um navegador quinhentista a rota que me leva ao novo mundo, a um novo mundo que quero descobrir contigo.
Quando o sol nasceu, longe no horizonte, pela manhã, tudo parecia normal. A excitação era muita, a ansiedade bastante, e a felicidade enorme. As horas correram e afinal, sem que eu me apercebesse, o universo conspirava a nosso favor. Nada mais será como dantes depois do dia de ontem. Eu não mais serei o mesmo!
Ontem foi o dia em que senti na pele que os sonhos, aqueles que esperamos toda a vida, se realizam. Ontem foi o meu dia, foi o nosso dia. O dia do reencontro de duas almas há muito conhecidas, há muito apaixonadas.
Quando o sol se pôs e a Lua nasceu, eu continuava lá, e tu cada vez mais em mim. A noite terminou, e no último beijo, o da despedida, percebi que não mais na vida estarei sozinho.
Os sentimentos não se agradecem, mas eu agradeço ao universo ter-nos juntado.
Cada vez mais... para sempre.
Adoro-te
Judy Garland - Over The Rainbow
"Somewhere over the rainbow,
skies are blue
and the dreams that you dare to dream
Really do come true"
Hoje descobri o mundo para lá do arco-íris.
sexta-feira, janeiro 16, 2009
Minha Lua
Minha Lua, pedaço de mim, minha verdadeira imortalidade, como cresceste...
Ainda recordo o teu primeiro dia como se tivesse sido ontem, no entanto, já tanto tempo passou.
Há sete anos atrás estava neste momento a olhar-te, tão frágil e indefesa, nessa redoma que te protegia do mundo. A dor de te imaginar a sofrer, de me imaginar a perder-te, tomava conta de mim. Acho que nunca mais fui o mesmo desde esses dias que passaram tão lentamente. Logo aí mostraste aquilo que já és hoje. Teimosa! :) Não te deixaste ir, lutaste, lutaste e venceste!
A vida nunca mais foi a mesma, o mundo mudou aos meus olhos. O que sou hoje, devo-o em grande parte ao facto de existires, e no meio de tanta tristeza que deslizou por estes sete anos, somos o que sempre quis, inseparáveis. Hoje, és a minha maior alegria.
Um beijo de parabéns, minha lua, meu amor, minha filha.
Amor, o que é? - Resposta
Foram todas excepcionais e ficou aqui a prova provada que embora haja alguma base comum a todas, definir o amor é impossível. Cada pessoa sente-o de maneira diferente, vive-o de maneira diferente, descreve-o de maneira diferente e é essa a verdadeira beleza do amor. É como uma impressão digital, é o nosso melhor retrato. Somos, definitivamente, como amamos.
Muito obrigado a todas. Gostei da vossa resposta, que me dizem a continuar com uns posts deste tipos?
quarta-feira, janeiro 14, 2009
Amor, o que é?
Quero ler as vossas opiniões, as vossas ideias, o vosso conceito.
Para vos inspirar, deixo uma frase de Antoine de Saint-Exupéry:
"O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem."
Leva-me
e as horas mortas são segundos.
Leva-me para onde as árvores são sombras
e nos montes gigantes
não serpenteiam estradas.
Quero o caminho de terra
O das bermas baixas e poucos percalços.
Um que nos deixe ir de mãos dadas,
ver as flores,
e ouvir gnomos e fadas
e pedacinhos de pequenos nadas.
Quero a travessia do mar calmo,
sem as tempestades do passado,
pé ante pé,
sorriso a sorriso,
palmo a palmo
percorrendo o teu e o meu, o nosso fado.
terça-feira, janeiro 13, 2009
Better together
E quando ouvir um "até amanhã" da pessoa certa, nos deixa assim, felizes, felizes, felizes... que fazer?
We're better together, don't you think?
segunda-feira, janeiro 12, 2009
Poemas
Vivem soltos no teu peito.
As palavras que te amam,
são braços que te querem,
as mãos que te descobrem
os dedos que te percorrem.
A minha poesia
que se sussurra no teu ouvido,
esconde os beijos que se encerram
nos meus lábios despidos.
sábado, janeiro 10, 2009
Tango
Uma sedução, um sorriso, um olhar.
Uma possibilidade que me faz querer ficar.
O caminho que se nos apresenta,
difícil depois de tantos dias de tormenta,
é como os passos da dança.
Gestos que se pintam no ar,
dedos que percorrem a pele,
beijos simulados que te deixam louca,
corpos encostados,
e eu
a retirar a rosa da tua boca...
sexta-feira, janeiro 09, 2009
Pequeno lírio
nascido de lágrimas de mulher.
Um poeta é um jardineiro.
Cuida das palavras e das flores,
dos adubos e dos amores,
e de tudo aquilo que fores.
Delicado anjo branco,
solitário na sua redoma,
exalas os perfumes
que a pouco e pouco me dão forma.
E neste banquete de cores
em que meus sonhos quero deitar,
ébrio de sensações e aromas,
pergunto,
porque solitária queres estar?
quinta-feira, janeiro 08, 2009
Adeus
Não sei se estarei nos próximos dias por aqui. Vou até Sagres admirar o admirável, procurar inspiração para os próximos posts e tentar encontrar alguma paz interior.
Vou estar com a minha filha.
Vou estar feliz.
A todas um bom fim de semana e já sabem, os meios de contacto estão sempre disponíveis para dar e receber carinho :)
No blog (cliquem nos comments vá...)
No hotmail (distraídas... vejam no perfil.... :P)
Na TMN (96*******)
Na Optimus (93*******)
e
nos nossos corações, sempre sempre sempre :)
PS: Sábado vou estar perante a paisagem da foto... por isso quem quiser ajustar contas aproveite :p
Um poeta tem côr
Sabe de cor as linhas do horizonte no corpo de uma mulher.
É um andarilho que beija
com as palavras que diz e as que deixa por dizer.
É fogo, arma, lodo,
crescente, poente e oriente.
Faz-se na manhã com as gotas de orvalho
desfaz-se na cama
tantas vezes desejada
de quem ama.
Um poeta tem
uma garrafa atirada ao mar
na noite mais longa e escura sem luar
cheia com os mistério do amor
o sentir e a dor.
O poeta é um crente
doente,
louco,
cheio si.
Tem de tudo um pouco,
este poeta que queres para ti.
Eu já - Desafio
Eu já fui desafiado.
Eu já me escondi da polícia.
Eu já fui pai.
Eu já esperei num aeroporto por alguém que não chegou.
Eu já dormi numa tenda em Budapeste com temperaturas negativas.
Eu já beijei uma sueca morena.
Eu já tive um acidente de automóvel.
Eu já tentei escalar o Mont Blanc.
Eu já salvei uma vida.
Eu já fui salvo.
Eu já fiz de anjo numa peça de teatro.
Eu já cantei em palco.
Eu já me perguntaram se era israelita.
Eu já vi uma amiga receber a notícia que tinha SIDA.
Eu já recebi propostas indecentes.
Eu já fiz uma passagem de modelos.
Eu já quis ser o que não sou.
Eu já vivi.
Eu já .... acabei. :)
quarta-feira, janeiro 07, 2009
Hay Amores
Ay ! mi piel, que no haría yo por tí
por tenerte un segundo, alejados del mundo
y cerquita de mí
Ay ! mi piel, como el río Magdalena
que se funde en la arena del mar,
quiero fundirme yo en tí.
Hay amores que se vuelven resistentes a los daños,
como el vino que mejora con los años,
asi crece lo que siento yo por tí.
Hay amores que se esperan al invierno y florecen
y en las noches de otoño reverdecen
tal como el amor que siento yo por ti.
Ay ! mi piel, no te olvides del mar
Que en las noches me ha visto llorar
tantos recuerdos de tí
Ay ! mi piel, no te olvides del día
que se paró en tu vida,
de la pobre vida que me tocó vivir
Hay amores que se vuelven resistentes a los años
como el vino que mejora con los años
así crece lo que siento yo por ti
Hay amores que parece que se acaban y florecen
y en las noches del otoño reverdecen
tal como el amor que siento yo por tí
yo por ti...por ti...como el amor que siento yo por tí
Shakira
Porque há amores. Os que já foram e os que ainda o serão.
Aviso
Como a história que estou a escrever terá cerca de XXIV capítulos, acho que se perderia de certa forma a dinâmica do blog. Assim sendo, criei um novo blog só mesmo para a continuação da saga. Agradeço como sempre as vossas leituras e comentários.
Por aqui continuarei com a poesia e outros assuntos que me prendam a atenção.
Beijos a todas, segue o lin
www.semtir.blogspot.com
Obrigado
terça-feira, janeiro 06, 2009
Sem Ti (R) - capítulo V
- Estou grávida amor... vamos ter um bebé.
Sinto o sangue a fugir-me do rosto, a garganta seca, as mãos tremem-me e as palavras não saem. Todas as certezas, todas as garantias que sentia neste relacionamento se esfumam. Como um golpe fatal sinto todas as recordações daquela tarde com a Inês a invadirem-me. O verdadeiro motivo da sua partida, o porquê de não estar preparada. Deus tem um sentido de humor sarcástico. Brinca com a minha vida, faz de mim um peão nas suas jogadas, e agora, no mesmo dia, traz-me quem me abandonou, e faz-me abandonar quem eu pensava amar-me.
- Que se passa amor? Eu sei que não foi planeado mas... é um bebé, sabes que foi algo que sempre desejei.
- Eu sei, e o que vais fazer?
- O que vou fazer?
- Sim, vais abortar ou vais continuar com a gravidez?
- Decididamente és uma besta! É claro que vou continuar!!!
- Ok, eu sinceramente só quero que arrumes as tuas coisas e te ponhas daqui para fora! Vou ao café e quando voltar quero a paz que sempre desejei e que tu nunca me conseguiste ou sequer quiseste dar.
- António, não me faças isto... eu amo-te! Eu não tenho para onde ir!! Mas porque é que estás a reagir assim??
Nunca suportei ver uma mulher a chorar. Suporto melhor a minha tristeza que a dos outros. Deixo Joana num pranto, pego o casaco e saio porta fora.
A Lua, minha companheira de tantas noites, espera-me.
Deambulo mais uma vez sem destino.... sem norte e no fundo, sem sorte.
Hoje foi provavelmente o pior dia da minha vida, tal como tinha sido precisamente há 7 anos atrás.
Foi o dia em que a Inês me deixou.
Foi o dia em que fiquei a saber que não posso ter filhos.
Sem Ti (R) - capítulo IV
Não respondo. Tenho perto de 30 anos e nunca foi esta a vida que desejei para mim.
Quando era adolescente tinha sonhos. Olhava o calendário e o ano de 2009 estava cheio de sorrisos, desejos concretizados, amor, muito amor, filhos, e um gato.
Não tenho nada disso. O alarme tocou e eu acordei nesta casa despida de certezas e mobilada com todas as minhas dúvidas existenciais.
Tinha acabado de fazer amor, estava a chorar e a minha companheira dizia-me que era preciso comprar pasta de dentes. Onde está tudo aquilo que ambicionei?
Levanto-me do sofá, visto-me, acendo um cigarro e vou até à varanda.
Joana segue-me, primeiro com os olhos, depois com um toque no ombro, abraça-se a mim.
- Preciso falar contigo amor.
- Fala...
- Tenho uma coisa para te contar...
- Sempre conseguiste falar com a tua mãe?
- Não, mas não é isso.
- Então estás à espera do que? Há coisas que não podemos adiar. Vai lá telefonar-lhe
- Já telefono, espera.
- Não espero nada! Vai telefonar, ou mais uma vez vou ter que ser eu a tratar do assunto??
- Vai-te à merda... és uma besta!
- Desculpa... Desculpa... não ligues, ando com umas cenas na cabeça.
- Oh amor, fala comigo.
Puxo uma passa, afasto o olhar e as mãos dela. Olho a lua cheia... como explicar a esta pessoa que sempre me apoiou em tudo, que sempre esteve do meu lado e me deu a mão quando eu estava de rastos, que o meu coração nunca tinha sido nem nunca seria dela? E mais, que a sua verdadeira dona estava ali bem perto, no T1 do número 34...
- Deixa... o que me querias contar?
- Estou grávida....
Sem Ti (R) - capítulo III
O que parecia, ao acordar, o dia como todos os outros, estava a tornar-se no meu maior pesadelo. Não sei o que sentir! A raiva, a dor e o ressentimento, travam uma batalha sangrenta com o amor, o verdadeiro amor, a saudade, a paixão e a vontade. Neste momento não me sinto, não me encontro, não sei onde ir.
O céu chora comigo. A noite já caiu e a chuva gelada invade as ruas da cidade dormente como eu. Quem comigo se cruza nas ruas não imagina a chacina que vai dentro de mim, a batalha infindável desta guerra que eu julgava já terminada.
A paz não quer nada comigo.
Chego a casa.
Enrolada na toalha do banho, com o cabelo ainda molhado, a Joana parece-me perfeita. Aquela perfeição que julgamos ver em quem, apesar de não amarmos, já nos habituámos.
Aproximo-me dela, abraço-a, beijo-a, arranco-lhe a toalha do corpo.... os nossos cabelos molhados, os dela pela água que liberta e lava, os meus pela água que recorda, emaranham-se.
Dispo-me e deito-a na cama... agarro-lhe as coxas, beijo-lhe o peito... fazemos amor, sexo, paixão, instinto animal, seja o que for, nesse momento somos um só, e tudo parece fazer sentido. Nunca uma pessoa com quem já trocámos fluidos nos poderá ser indiferente. Fica sempre parte dela em nós e parte de nós nela.
Ofegantes, sorrimos, voltámos a ter um orgasmo em simultâneo, tantos meses depois...
- Venho já!
- Eu vou para a sala.
Ela dirige-se para a casa de banho e eu sento-me no sofá da sala. As lágrimas começam a cair e eu, não as consigo conter. Talvez não queira. Talvez não mereça. Neste momento todo eu sou Inês, pois foi com ela que a minha imaginação fez amor...
domingo, janeiro 04, 2009
I wish i could see that
Este filme chegou até mim pela minha amiga Ianita. Esta é uma das partes que mais gostei.
Atentem na frase que aparece no final do vídeo e digam-me o que acham.
Beijos, bom Domingo.
sábado, janeiro 03, 2009
Desafio - prémio para Sayuri
Assim sendo, segue o croquis do seu novo prémio

Sayuri, não te sintas injustiçada, eu prometo compensar da próxima vez :))))
Beijos a todas e obrigado por participarem nesta brincadeirinha de Ano Novo, afinal o Carnaval é quando um Homem quiser não?!
Insónia
tropeço em memórias que não vão.
Pois que fiquem que já não incomodam,
vivo com elas,
não as afasto.
Fazem-me companhia até que tu,
sim tu, decidas não te esconder mais!
Por que esperas? Tens medo?
Também eu!
Desafio - resposta

Muito bem! Gostei das respostas e embora no post não o tenha referido, tenho prémio para a vencedora! Bem, pensando melhor, as vencedoras! Ganharam todas, até mesmo quem não acertou.
Assim sendo aqui vão os prémios:
Ianita - Um bilhete de expresso para Tavira.
Manzas - Uma caracolada com imperiais numa esplanada à escolha.
Yargo - o livro O Segredo.
Sayuri - Um guarda-chuva dos chineses.
Zabour - Uma semente de embondeiro.
Lita - Um voucher para um banho de lama num Spa. (For old times sake)
Sininho - Uma imagem de Nossa Senhora de Fátima
SRRAJ - Um kilo de bacalhau da Noruega
Lize - Um cd do Graciano Saga com a canção "Vem devagar emigrante"
Sunshine - Uma caixa de ferrero rocher vazia, mas com as pratas dos bombons.
Ana Campoz - Um exemplar do Fernão Capelo Gaivota.
Kaila - Um voucher para o Spa também, e umas luvas cor de rosa com pompons.
sexta-feira, janeiro 02, 2009
quinta-feira, janeiro 01, 2009
Sem Ti (R) - capítulo II
- Senta-te...
- António Duarte... há quantos anos?
- Não sei, talvez anos demais.
Sentia-me morrer a cada palavra que pronunciava. Não me conseguia desviar daqueles olhos verde mar que tanto ansiara rever. Tinha feito telefonemas a amigos comuns, pesquisado na net em sites de dating e comunidades virtuais, e nada, tinha desaparecido sem rasto. Preparara vezes sem conta o discurso que queria ter quando a encontrasse, e agora, agora tinha-a aqui à minha frente e eu não sabia o que lhe dizer...
- Não me estás a conhecer? Não acredito.... não passaram assim tantos anos!
- Claro que te estou a conhecer. Não passaram anos, mas passaram muitas lágrimas. Como estás Inês?
- Estou bem, acabei de comprar casa. Aqui mesmo. Comprei o T1 do número 34.
- Procurei-te tanto...
- Eu tinha de ir António. Não me sentia minimamente preparada. Sei que errei e que te magoei muito. Mas... perdoas-me?
A sua expressão tornou-se mais meiga. A surpresa inicial tinha passado e olhava-me agora com aquele ar receoso de quem teme a resposta a um desejo.
Acho que foi pelos seus olhos que me apaixonei quando a vi pela primeira vez no metro. Recordo-me como se fosse hoje. A estação estava quase deserta e tínhamos ambos falhado o metro por segundos... O sinal sonoro das portas fora o nosso último passo. Lembro que ela me olhou, sorriu e disse, este já era. São só cinco minutos, respondi, e, no momento em que os nossos olhares se cruzaram, os cinco, passaram a dez, quinze, vinte, uma eternidade. E, de facto, assim foi....
- Já te perdoei há muito tempo Inês. Perdoamos sempre quem amamos. O mais difícil é perdoarmos-nos a nós próprios.
- Já li O Principezinho.
- E então?
- Já sei o porquê de me chamares raposinha.
- "Tornas-te eternamente responsável por aqueles que cativas"
- Sim...

